Ideias para impulsionar o setor náutico

Artigo escrito por Ademir Tesser – Diretor-geral da Exponáutica 2012 (DC, 06/11/2012)

Como Santa Catarina possui um dos litorais mais aclamados do Brasil e da Américas, a demanda por serviços e estruturas náuticas estará sempre disponível. Hoje, somos o terceiro Estado com o maior número de estaleiros, 34 no total. Apesar de o Brasil figurar entre os países com o menor número de embarcações por pessoa (1.383 pessoas por embarcação), a Capital do Estado supera qualquer estimativa e conta com mais de 1,7 mil lanchas e iates, cerca 253 pessoas por embarcação. Ou seja, o setor náutico catarinense cresce exponencialmente e necessita de direcionamentos.

Além dos esforços das associações de marinas e estaleiros, eventos que reúnem marcas nacionais e internacionais, investidores e público em geral, também ajudam a escoar a produção e impulsionar negociações. A maior feira de negócios náuticos do Sul do Brasil, a Exponáutica, por exemplo, movimentou cerca de R$ 25 milhões em 2011. Neste ano, voltamos à Marina Píer 33, na Foz do Rio Biguaçu, entre os dias 15 e 18 de novembro, com um crescimento de 30%. Teremos um espaço acrescido de estandes e mais vagas na chamada “Área Molhada”, onde os principais lançamentos e destaque ficam ancorados para test-drives. A iniciativa reúne em um só local o grande números de produtores, lojas de embarcações e acessórios, bem como uma série de serviços ligados ao setor.

Toda esta movimentação do setor ajuda as empresas catarinenses a aumentarem seus faturamentos, colaborando com o aquecimento deste mercado, que vem ganhando mais público com a inflação das classes A e B, e já representa 41,6% da população da capital catarinense, por exemplo. Mas a criação de um cenário não apenas favorece as altas classes como também gera mais renda. Segundo a Associação Brasileira de Construtores de Barcos, para cada embarcação construída são gerados cinco empregos diretos e três indiretos.