Animal foi escolhido pelo movimento que vai cobrar mais rapidez na obra que promete desafogar o trânsito na Grande Florianópolis
Uma tartaruga deve ser o mascote da campanha Alça de Contorno: Obras Já!, que reúne 26 entidades de classe e empresariais na luta pela construção do Contorno de Florianópolis. Ontem, as lideranças participaram de um encontro na Capital para tratar dos detalhes da manifestação programada para o dia 19, na BR-101.
O protesto com panfletagem deve ocorrer nas margens da rodovia, na altura do Shopping Itaguaçu, em São José, das 16h às 18h. O local é um dos maiores pontos de congestionamento, por ligar a BR-101 a BR-282 (Via Expressa). O empresariado está investindo em material de divulgação para alcançar o maior número de pessoas. Serão confeccionadas camisetas com a logomarca da campanha, outdoors, faixas, placas, panfletos, balões, adesivos para carros e ônibus.
Além disso, também será criada uma tartaruga inflável para simbolizar a longa espera de 14 anos para construção da obra e as intermináveis prorrogações.
Novas adesões surgem a cada dia
A adesão de entidades à campanha cresce a cada dia. No começo da ação, 17 entidades ligadas ao Conselho Metropolitano de Desenvolvimento (Comdes) participavam do movimento. Hoje, outras nove organizações se engajaram à causa, inclusive, órgãos governamentais, como a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis.
– A alça de contorno é a obra com condições mais imediatas de sair do papel para melhorar o trânsito das nossas cidades – afirma o secretário de Desenvolvimento Regional, Renato Hinning.
Na reunião, ficou definida que transportadoras catarinenses serão convidados a participar da ação. No dia 16, o grupo deve ir à Assembleia Legislativa chamar os deputados para também aderirem a mobilização.
– Se o poder público não faz a sua parte, chegou a vez da sociedade civil organizada se manifestar – observa a vice-presidente do Comdes, Anita Pires.
(DC, 06/10/2012)
Desvio deveria estar pronto em fevereiro
O Contorno de Florianópolis foi projetado entre o km 175, em Biguaçu, e km 222, em Palhoça e deveria ser construído durante a duplicação da BR-101 Norte para desviar o fluxo pesado de carros da região metropolitana. A obra ficou de herança para a Autopista Litoral Sul.
No contrato com a empresa concessionária da BR-101, a construção do anel viário foi encurtada de 47 para 33 quilômetros.
Pelo contrato, a obra deveria estar pronta em fevereiro e foi prorrogada para 2015. Após pressão popular no ano passado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) voltou atrás e optou pelo projeto original, mas em duas etapas.
Primeiro seria feito o trecho entre os kms 195,5 e 218,4, que já estão com o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) prontos e audiências públicas marcadas para os dias 16, 17 e 18 nas cidades de Biguaçu, Palhoça e São José.
Em um segundo momento, seria finalizado o restante do traçado, com conclusão prevista para 2017.
A ANTT ainda avalia mais uma mudança no traçado
Este ano um novo entrave surgiu. A prefeitura de Palhoça informou que foi construído um condomínio de casas populares no local onde passaria o contorno e solicitou mudanças do projeto. A ANTT ainda estuda a alteração. Enquanto nada é definido, o tráfego não flui, a economia fica prejudicada e as pessoas sofrem com os atropelamentos constantes resgistrados na região.
(DC, 06/10/2012)