Entre 2000 e 2010, Santa Catarina foi o Estado que recebeu o maior volume de migrantes de outros Estados e imigrantes de outros países, com aumento total de 33% nesse período, segundo dados da Amostra do Censo Demográfico 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
De todos os migrantes brasileiros com destino a Santa Catarina, a maioria veio da Região Sul (67,8%). Neste período de dez anos, o Estado recebeu mais migrações do Paraná (212.702) e do Rio Grande do Sul (162.422). Com relação às pessoas que vieram de outros países, o destaque fica com os Estados Unidos com 4.418 mil imigrantes, Paraguai com 2.630 e Argentina com 1.984 pessoas. De acordo com a amostragem, SC recebeu 638.494 pessoas de outras regiões do país e do exterior, entre 2000 e 2010.
Se a análise for feita apenas no período entre 2005 e 2010, Santa Catarina foi um dos três Estados que tiveram o maior ganho de população, juntamente com São Paulo e Goiás. A região Nordeste foi a única que perdeu população entre 2005 e 2010 com 1,3 milhão de pessoas deixando a região. Maranhão e Bahia tiveram as maiores perdas de população.
Segundo os dados do IBGE, o Estado tem uma população de 6.248.436 habitantes. Deste total, 5.130.746 são catarinenses e o restante dos habitantes (1.117.690) nasceram fora do Estado – em outras regiões do país ou no exterior.
Florianópolis
A Capital foi a cidade catarinense que recebeu mais migrantes de Rondônia, Amazonas, Pará, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O maior número de migrações veio do Rio Grande do Sul (16.439 pessoas), seguido pelo Paraná (6.930 pessoas) e São Paulo (6.176 pessoas). Florianópolis também foi o município catarinense a receber o maior número de imigrantes do exterior. Segundo apontou o Censo de 2010, há dois anos residiam na Capital 3.566 pessoas de outros países.
Dados nacionais
As uniões consensuais já representam mais de 1/3 dos casamentos no Brasil. O percentual subiu de 28,6% para 36,4% das uniões entre 2000 e 2010, sendo mais frequente nos grupos com rendimentos menores. A redução dos níveis de fecundidade nos últimos 50 anos foi a principal razão para a queda do ritmo de crescimento da população, que chegou a aumentar cerca de 3% ao ano na década de 1950, sendo de 1,17% na última década antes da amostragem do IBGE.
A região Sul do país apresentou a segunda menor taxa de fecundidade com 1,78% em 2010, perdendo apenas para o Sudeste com 1,70%. Mudanças na estrutura da família, maior participação da mulher no mercado de trabalho, baixas taxas de fecundidade e envelhecimento da população influenciaram no aumento da proporção de casais sem filhos entre 2000 e 2010, que passou de 14,9% para 20,2% do total.
(ND, 18/10/2012)
Santa Catarina é para se casar
Dados do último censo do IBGE mostram que Santa Catarina é o Estado do país onde há o maior percentual de pessoas casadas, chegando a 57,29%. Desses, mais da metade abriu mão do registro em cartório e juntou as escovas de dente sem precisar assinar papéis ou chamar testemunhas
As belezas e os bons índices de qualidade de vida de Santa Catarina podem estar inspirando os catarinenses quando o assunto é amor. Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados ontem, revelam que o Estado tem o maior percentual de casados do país: 57,29%, índice que se manteve em primeiro lugar durante 10 anos de pesquisas. Uniões que não se importam com vestidos brancos ou registros em cartórios: mais da metade preferiu não oficializar a relação.
Os dados mostram ainda a escolha no número de filhos, a renda familiar e a origem das pessoas que escolhem Santa Catarina para viver (veja ao lado).
Casados há 11 anos, os moradores da Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha, Eliete Regina Marcolin e Marcelo Rodrigo Moro de Oliveira retratam bem o perfil da população que reside no Estado. Eles vieram do Paraná há cerca de 15 anos. Na mala da história da vida, trouxeram vivências de casamentos que não deram certo e filhos das últimas relações. Após desembarcarem em SC, passaram a desenhar um novo destino.
Na Capital há menos “comprometidos”
Bastaram duas semanas de namoro para os dois resolverem unir as escovas de dente. Marcelo, que tem uma filha de 15 anos fruto de um relacionamento anterior, foi convidado para morar com Eliete. Juntos, criaram uma empresa, cuidam dos filhos (um deles e outro do primeiro casamento de Eliete) e até hoje não sentiram necessidade de oficializar a união, opção que não está descartada.
Eliete conta que em todo este período não ter um registro no cartório só contribuiu com a relação. Conseguiram abrir uma empresa e fazer financiamentos como sócios. Mas o casal ainda pensa em registrar a união no cartório.
– Meu primeiro casamento oficial não durou três anos, e o nosso está firme e forte. Mas pensamos em um dia oficializar – conta.
Entre as cidades mais casamenteiras de SC estão Abdon Batista, na Serra (66,4%), Bom Jesus do Oeste (65,33%) e Leoberto Leal, na Grande Florianópolis ( 64,93%). Já Florianópolis tem o menor índice de casamentos (51,03%), seguida de Balneário Camboriú (51,06%) e Lages (52,86%).
(DC, 18/10/2102)
Migração é forte
Os dados do censo do IBGE divulgados ontem confirmaram o que já se sabia: Santa Catarina foi o Estado do país que recebeu o maior número de migrantes de outros estados e também de outros países desde 2000.
A notícia foi publicada numa reportagem do Diário Catarinense no dia 28 de abril deste ano, quando o IBGE divulgou a informação. Mas, naquela época, o instituto não relatou qual era a origem dos visitantes.
Agora já se sabe: Santa Catarina é o maior destino de quem vem de Paraná e também do Rio Grande do Sul, os dois estados vizinhos.
Entre os 638.494 migrantes que o Estado recebeu nos últimos 10 anos, 212.702 vieram do Paraná, seguidos dos gaúchos (162.422).
De 2000 a 2010, SC recebeu 20.872 estrangeiros. A maior parcela ficou para os Estados Unidos, com 4.418 moradores, seguidos do Paraguai, 2.630, e por último da Argentina, 1.984.
No Brasil, os dados mostram que, em 2000, 35,4% da população residia em um município distinto daquele em que nasceu. Já a parcela que morava em outra unidade da federação chegava a 14,5%, e em outra região do país, a 9,4%.
De 2000 a 2010, 11.316.720 pessoas trocaram de Estado. Na década anterior, foram 9.909.119.
A região que mais manda migrantes para as demais é o Nordeste, de onde saíram 53,6% das pessoas que em 2010 viviam em regiões distintas daquela em que nasceram. Já o Sudeste foi adotado como novo lar por 49,1%.
(DC, 18/10/2012)