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Já se passaram 279 dias desde a inauguração da faixa reversível da SC-405, no Rio Tavares, e até a última sexta-feira, dia 5 de outubro, foram registrados 210 acidentes, uma morte resultante da colisão entre duas motos que faziam racha, e 13 atropelamentos – sem mortes.
Como tentativa de minimizar os congestionamentos e dar agilidade ao fluxo da segunda rodovia mais movimentada de Santa Catarina, a terceira faixa foi inaugurada no dia 22 de dezembro do ano passado. O modelo da faixa reversível se extende por 2,4 quilômetros da rodovia – onde há 3 pistas e a do meio muda de direção de acordo com os horários de maior movimento. Junto com ela vieram apenas algumas faixas de pedestres. A principal cobrança dos moradores e comerciantes do sul da Ilha é pela criação de calçadas e retornos.
A presidente da ViaCiclo, Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis, Karla Simm, afirma que a pista foi construída sem planejamento algum e que é uma solução a curto prazo. “A prioridade é não construir estrutura para carro, a prioridade deveria ser tirar os carros da rua e melhorar o transporte coletivo e a mobilidade ciclística”.
Para os moradores da região, o medo é frequente. Luís Carlos tem 26 anos, mora no Rio Tavares e trabalha em Biguaçu. Dirige carro, anda de moto e bicicleta. Independente do veículo, explica que é sempre um risco cruzar as faixas e, principalmente, fazer o retorno no trecho da terceira pista. “Eu fico com medo, mas a gente precisa andar, não tem outra coisa. Foi muito mal feito isso aqui. Não tem retorno, tem que retornar no meio da pista”. Se na baixa temporada o índice de acidentes chega a quase 1 por dia, na temporada de verão este número tende a aumentar, já que a circulação diária de veículos dá um salto de 35 mil para 80 mil, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual.
Como iniciativa para reivindicar a construção de infraestrutura que complemente a terceira faixa, foi formada a Comissão Pró-Segurança da SC-405 composta por membros do Conselho Comunitário da Fazenda do Rio Tavares, membros da Associação de Moradores da Cachoeira do Rio Tavares, Conselho Comunitário do Rio tavares, Viaciclo, Ecochannel, empresários e moradores da região. Nas reuniões da Comissão com Valdir Cobalchini, secretário de infraestrutura do estado e com Paulo Meller, presidente do DEINFRA (Departamento Estadual de Infraestrutura) foram dados os prazos para a realização das melhorias ao redor da pista.
O projeto foi dividido em três etapas. Na primeira parte da construção seriam colocadas calçadas, lombofaixas e ciclovias. Depois seria a rótula no Trevo do Rio Tavares e a última etapa seria dois retornos no meio do trajeto. João Nazareno Bilck, presidente do Conselho Comunitário do Rio Tavares, conta que na última reunião com o secretário ficou definido que a primeira etapa estaria pronta no final de novembro, mas as obras ainda não tiveram início. O secretário Cobalchini afirma que o edital de licitação para a construção das calçadas já está aberto e as propostas serão apresentadas no dia 14 de novembro.
O presidente João Bilck explica que segundo os engenheiros da empresa Sulcatarinense, não há condições para fazer calçada e ciclovia separadas, por isso precisariam fazer uma calçada compartilhada. Dos 2,5 metros(m) de calçada, 1,5m seria destinado aos pedestres e 1m para as bicicletas. O projeto foi feito e aprovado em reunião com o secretário Cobalchini. De acordo com o diretor de planejamento e projetos do DEINFRA William Wojcikiewicz, além da calçada compartilhada que será feita do lado esquerdo da pista de quem está indo no sentido Centro-Rio Tavares, será construído, entre cada uma das faixas, um canteiro separador para facilitar a travessia dos pedestres.
Outra solicitação da comissão é que sejam criadas lombofaixas – lombadas da altura da calçada e mais largas – para facilitar a travessia de cadeirantes e para reduzir a velocidade de grande parte dos veículos, que ultrapassam os 60 km/h de velocidade máxima permitida. Para a gerente da Patural Auto Peças Alexandra Santiago, que utiliza o carro como principal meio de transporte, a alta velocidade é o maior problema. “Toda semana tem uma batida horrível porque eles andam muito rápido e nas faixas sempre dá um engavetamento com 4 ou 5 carros”. O subtenente Cabral, do 19º Grupo de Polícia Militar Rodoviária, explica que não é a nova faixa que causa acidentes, mas sim o excesso de velocidade aliado à falta de atenção dos motoristas, pedestres e ciclistas.
(Cotidiano, 09/10/2012)

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