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Passados 20 dias do incêndio que devastou 20 hectares de uma Área de Proteção Permanente (APP) na Praia da Daniela, no Norte da Ilha de SC, não houve qualquer investigação sobre a origem do fogo que tomou conta da área de amortecimento da Estação Ecológica de Carijós.
Um dia depois do incêndio, a 7a DP da Capital, em Canasvieiras, encaminhou um pedido de análise do local ao Instituto Geral de Perícias (IGP), mas o ofício se perdeu no caminho e só ontem retomou o rumo.
O incêndio ocorreu no último dia 5 de setembro, na área às margens da Rodovia SC-402, a um quilômetro da reserva, de responsabilidade do Instituto Chico Mendes (ICMBio). O delegado da 7a DP, Ilson José da Silva, solicitou o laudo ao IGP após representantes da comunidade denunciarem a possibilidade de o incêndio ter sido criminoso.
Ontem, o IGP informou não ter chegado nenhum ofício. Questionado, o delegado disse que houve um problema no trânsito do pedido.
– O policial deveria ter entregado na sede do IGP, mas protocolou na Delegacia Geral de Polícia. Amanhã (hoje) de manhã, será levado ao IGP.
O diretor de Meio Ambiente do Conselho Comunitário Pontal de Jurerê, Eduardo Bastos Lima, acha que as evidências de um suposto crime se perderão com passar do tempo.
– O bom seria se fosse feito logo após cessar o fogo – disse.
Segundo o chefe da unidade do ICMBio, Silvio Souza, não foram encontradas evidências de crime. A área pertence à Habitasul, dona do empreendimento Jurerê Internacional e que tem planos de loteamento na região.
A diretora Institucional do Grupo Habitasul, Andrea Druck, afirmou que a empresa aguarda o laudo para saber como agir em relação à conservação da área queimada, que já passa por um estudo de impacto ambiental que analisa a viabilidade de construção.
(DC, 25/09/2012)

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