Cacupé teme as alterações no zoneamento

Quem sabe daqui a um ano, prédios de quatro ou seis andares estejam sendo construídos nos terrenos ainda desocupados na rodovia Haroldo Soares Gla­van, a geral do Cacupé, em Florianópolis, especial­mente no trecho entre a SC-401 e o restaurante João de Barro. A entrada do bairro, caracterizado pelas belezas naturais, destoaria com sua área do entorno, de mangue – APP (Área de Preservação Permanen­te) pertencente à Estação Ecológica de Carijós.
O futuro desejado para o local por vereadores que votaram a favor do projeto de lei complemen­tar proposto pelo vereador Dalmo Meneses (PP), que retira essa região da moratória (construção de no máximo dois pavimentos), no último dia 18, po­derá agravar os problemas de infraestrutura básica da localidade. “Temos constantemente falta de água. Tem períodos que chegamos a ficar sete ou oito dias sem água”, afirmou a moradora Cylaine Figueiredo.
Um pacote composto por seis projetos de lei que alteram zoneamento de seis pontos da cidade, por um que suspende a moratória de parte do bairro Saco Grande (início do Cacupé) e outro que dispõe sobre incentivo de construção de shoppings centers, foi aprovado em primeira votação no dia 18 de se­tembro. Conforme planejamento da Câmara, seria apreciado em plenário no dia seguinte. Ainda será necessário outro pleito, depois do interstício de 30 dias. “Foi votação em bloco, o que geralmente é fei­to para denominação de ruas. É lido somente o nú­mero da lei. Nem citaram que era complementar, o que caracteriza mudança de zoneamento”, informou Carlo Alberto Riederer, assessor parlamentar do ve­reador Acácio Garibaldi (PP).
(ND, 28/09/2012)