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Moradores de rua vivem em barraca em passarela de uma das principais pontes de Florianópolis

Não é uma moradia dos sonhos, até por ser um lugar público, mas a barraca na passarela desativada da Ponte Colombo Salles, em Florianópolis, possui dois habitantes.
Quem passa de ônibus pela Pedro Ivo, quase no final da ponte, consegue enxergar o iglu com teto cinza ao lado de uma das muitas pichações do local.
Moradores têm até trilha
Na passarela da Pedro Ivo, a única que dá acesso à Ilha a pé, a obra de revitalização da entrada tem uma placa, mas não há ninguém trabalhando. Atravessando-a, nota-se um corrimão novo — que é um pedido do Ministério Público, feito em maio —, duas câmeras de vigilância e a iluminação. No entanto, 20 lâmpadas queimadas, algumas em sequência, deixam um breu para quem passa por lá à noite.
Voltando à passarela da Ponte Colombo Salles, há uma placa que, em tese, serviria para evitar a entrada na passarela.
Os “moradores”, que aparentemente também pescam — há caniços ao lado da barraca-moradia — fizeram até uma trilha para não pisar no chão sujo das escadas que dão acesso ao local.
Difícil retirar as pessoas
As passarelas são responsabilidade do Deinfra, órgão regulamentador das pontes.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o departamento informou que cabe a eles a construção e manutenção das passarelas. As chapas de ferro foram colocadas, mas o Deinfra alega que não tem funcionários para tirar os moradores de lá.
O promotor da 30ª Promotoria de Justiça da Capital, Daniel Paladino, contou que o Ministério Público, em setembro, vai interceder também na passarela da Colombo Salles.
— A gente vai chamar o Deinfra para fazer o mesmo procedimento (recuperação e melhorias, como foi feito na Pedro Ivo) — comentou Paladino.
Difícil
Quanto aos moradores da passarela da Colombo Sales, a coordenadora do Centro de Referência para a População de Rua de Florianópolis, Leila Franzoni, explicou: “Essa situação a gente já atendeu e é difícil. Os técnicos foram lá por duas vezes e não tinha ninguém. Vamos continuar averiguando para encaminhar a questão”.
(DC, 21/08/2012)

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