Sexta maior economia mundial, o Brasil precisará de mais energia para manter seu nível de crescimento econômico. Mas como ter energia de forma limpa e sustentável sem precisar queimar carvão e petróleo, consideradas fontes dos séculos passados?
Dois artigos publicados hoje na imprensa mostram a visão equivocada do governo para ampliar sua produção energética, de olho na bacia hidrográfica da Amazônia e sem dar o devido valor ao potencial do país para matrizes renováveis de menor impacto ambiental, como a energia solar e a eólica.
Em seu blog, Miriam Leitão mostra como é necessário, para o Brasil, aproveitar melhor o vento e o sol para produzir energia. Ambas têm aumentado a participação, mas, em termos absolutos, a maior oferta de energia nova virá das hidrelétricas, que trarão enormes impactos ambientais desnecessários a um país como o Brasil, onde há sol e vento de sobra.
Só na Amazônia fala-se da construção das usinas de Belo Monte, Jirau, Santo Antônio e de Tapajós. Esta última, muito polêmica por estar dentro da primeira unidade de conservação demarcada na Amazônia Legal e porque irá inundar uma área quase do tamanho da cidade de São Paulo e que junto com as usinas de São Luiz e Jatobá produziria pouco mais da metade de Itaipu, segundo informa o jornal Valor Econômico (só para assinantes).
Os benefícios socioeconômicos são pequenos diante do tamanho dos impactos ambientais, além de desnecessários no caso do Brasil, que ainda tem muito potencial para explorar nas energias renováveis. Como escreve Miriam Leitão, “hoje, já se derrubou a ideia de que se for hídrica é boa. Depende de inúmeros fatores como, por exemplo, o impacto na construção. Há hidrelétricas melhores e outras piores”.
Se você quer saber mais sobre onde está o potencial das novas energias renováveis no Brasil, leia o documento Horizonte Renovável aqui.
(Projeto CECA, 01/08/2012)
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