UFSC move processo de reintegração de posse na Serrinha e moradores são notificados

A ação foi realizada pela justiça Federal de Santa Catarina e pretende alcançar mais de cem moradores da comunidade
Alguns moradores da Serrinha foram acordados por oficiais de justiça em companhia da polícia federal na manhã de quarta-feira, dia 11. A ação da Justiça Federal de Santa Catarina contou também com a ajuda da liderança comunitária e tinha a intenção de notificar mais de 100 famílias da região sobre um processo de reintegração de posse. De acordo com o processo, que é de 2009, a área, denominada bosque da moradia estudantil na serrinha, foi invadida mas é de propriedade da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) desde que a universidade foi implantada na Capital.
Esta é aprimeira ação do processo com os moradores. Não foi uma ordem de despejo, apenas a notificação para que as pessoas tenham ciência e apresentem defesa dentro do prazo legal. A citação só foi realizda agora, três anos após a abertura do processo, porque foi necessário uma perícia no local para identificar a área. Os moradores notificados tem 15 dias para se apresentar defesa e documentos da área onde moram.
Angela Santos de Jesus, 33, disse que tomou um susto quando os oficias de justiça bateram à sua porta na servidão dos Lageanos. Ela mora há 30 anos no local e nunca havia ouvido falar que a área é da Ufsc. Passado o susto, Angela disse que a bordagem foi tranquila e que foi informada que a família tem prazo para se apresentar na Defensoria Pública. Mesmo sem entender claramente o documento recebido, ela irá avisar a mãe, proprietária da área, e afirmou que a família possui todos os documentos da casa.
A reitoria da Ufsc não comentou o assunto até o fim desta edição. Por meio da assessoria de imprensa, informou que por causa do fechamento da reitoria feito pelos servidores em greve, não há como resgatar o histórico ou buscar informações precisas sobre este processo que é da gestão anterior. Porém, se comprometeu em falar sobre o assunto assim que a reitoria for reaberta. A única certeza é de que nesta gestão e até o momento nada foi feito ou conversado sobre esta questão.
(ND, 12/07/2012)