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SC mantém nível de emprego no primeiro semestre, enquanto Brasil desacelera

A pesquisa mensal realizada pelo Ministério do Trabalho mostra que o número de contratações no primeiro semestre manteve a média do ano passado em SC. Foram criados 57,5 mil empregos no período diante de 57,8 em 2011 _ queda de 0,7%.
O resultado é muito melhor do que o brasileiro, onde o a quantidade de vagas abertas caiu 25,9% na mesma comparação. No Estado, a indústria liderou a geração de empregos, assumindo o lugar que em 2011 era do comércio. No primeiro semestre deste ano, o setor industrial criou 22,3% mais postos de trabalho enquanto o comércio encolheu 81,3%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a Federação das Indústrias de SC (Fiesc), 48% das contratações realizadas no Estado foram feitas pelo setor, o segundo resultado mais positivo, atrás apenas de São Paulo. O diretor de Relações Institucionais da Fiesc, Henry Quaresma, considera que a manutenção do nível de emprego foi causada, principalmente, pelos incentivos do governo federal. O principal é a redução do IPI, benefício que se estende a linha branca, setor que mais abriu vagas em SC.
Em seguida, aparecem têxteis e vestuário e a construção civil. Quaresma afirma que, nas condições atuais, não se pode esperar nada melhor do que um crescimento mínimo na geração de postos de trabalho. Os motivos são a expectativa de pequeno crescimento do PIB e a crise mundial.
Sobre o desempenho do comércio, o economista da Fecomércio, Maurício Mulinari, ressalta que em junho houve 92% contratações a menos. Ele relaciona a quase estagnação na abertura de vagas ao fato de desde o último trimestre de 2011 a economia brasileira não repetir os bons indicadores dos últimos anos. Acrescenta que abrir empregos fica mais complicado porque a produtividade do trabalhador está estável, mas os salários têm apresentados ganho real.
O analista técnico do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de SC Leandro Santos avalia que o endividamento das famílias também precisa ser considerado. Com contas a pagar, mais o cenário incerto da economia fica difícil pensar em ir as compras. Lembra ainda que com parte do orçamento está comprometido as instituições não liberam empréstimos.
A combinação deste fatores prejudica o comércio que contrata menos. O economista da Fecomércio espera uma melhora no cenário para o restante do ano e as criação vagas ocorra, mas em menor quantidade que em 2011. Estes terão impacto na abertura de vagas temporárias no final do ano. Haverá uma redução no número de contratações.
(DC, 23/07/2012)

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