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Santa Catarina terá R$ 56 milhões para o combate ao crack

O combate ao crack em Santa Catarina será feito com R$ 56 milhões. O investimento foi anunciado ontem durante a assinatura do termo de cooperação entre prefeitura de Florianópolis, governo do Estado e Federal.
Os recursos serão aplicados na aquisição de equipamentos e treinamento de pessoal das áreas da saúde, assistência social e segurança pública. Para as diversas ações desenvolvidas em Florianópolis, por onde o programa se inicia, serão destinados R$ 11,3 milhões. Participaram do evento, no Centro Integrado de Cultura, as ministras Tereza Campelo, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, o governador Raimundo Colombo e o prefeito Dário Berger.
Na mesma tarde, foi anunciado o Plano Santa Catarina Sem Miséria. Com ele, o governo estadual se compromete a por em prática ações para erradicar a miséria de seu território. O programa se chama Crack, é Possível Vencer tem custo total de R$ 4 bilhões em recursos federais que serão repassados para os estados. Inicialmente, as adesões começam pelas capitais. Santa Catarina é o sétimo estado a aderir ao programa.
— Vamos tratar diferentemente o traficante e o usuário — defendeu a ministra Tereza Campello, ao explicar que as ações policiais do programa irão se concentrar nas fronteiras e nos locais de grande concentração de uso do crack nos centros urbanos. Além disso, Florianópolis irá receber quatro bases móveis equipadas com sistema de videomonitoramento, 80 câmeras, quatro veículos, quatro motocicletas, capacitação de 160 profissionais de segurança pública que irão atuar nas éreas onde ocorre venda e consumo da droga.
Está previsto que a até o final do ano, a prefeitura de Florianópolis irá receber R$ 650 mil para ações de tratamento. A verba será usada na implantação de cinco novas unidades de acolhimento para usuários, sendo dois infantis e três adultos. Além disso, a Capital contará com dois Consultórios de Rua. Sobre o Plano Santa Catarina Sem Miséria, o governador Raimundo Colombo deu uma boa notícia: disse que para 2013 o governo vai aumentar o orçamento da área social. Explicou, ainda, que a parceria com o governo federal que irá permitir o complemento de renda para os beneficiados com o Bolsa Família e demais programas, é rápido e eficiente e chega as pessoas não apenas no aspecto financeiro, mas também com emprego.
— Hoje, falar em paternalismo, é coisa do passado. Precisamos criar mecanismos para que as pessoas possam se tornar mais independentes, isso com a ajuda do Estado — observou.
Os números apontam que Santa Catarina tem 115 mil pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Pelo mais 30 mil miseráveis sequer aparecem nas estatísticas.
(DC, 05/07/2012)

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