A prefeitura de Florianópolis lança na quarta-feira, 06, o “Floripa Interativa: projetando o futuro”, uma espécie de maquete digital para demonstração em 3D de projetos de inovação em andamento e futuros na capital catarinense.
O projeto, comandado pelo Sapiens Parque, engloba o Centro de Visualização, um telão de nove metros de comprimento por quatro de altura para exibição de informações multimídia sobre inovação, além de espaço para debates e ações colaborativas.
A ideia do Floripa Interativa partiu do prefeito Dário Berger, como uma ação de planejamento da cidade.
“O objetivo é tornar possível o registro, apresentação e discussão com a população de projetos de infraestrutura para as próximas décadas”, afirma o prefeito. “O sistema integra conteúdo, arte e tecnologia em uma experiência interativa e tematizada”, completa.
Segundo Berger, os visitantes do Sapiens Parque poderão acessar na maquete digital dados não só sobre iniciativas de TIC, mas também informações sobre ações de sustentabilidade urbana, ambiental, social e econômica da cidade.
A visualização de projetos de obras e empreendimentos como a revitalização do Largo do Mercado Público, de um parque no aterro da Via Expressa Sul e de um túnel no Morro da Cruz, por exemplo, já está disponível.
“O visitante pode passear por esses lugares e, assim, conhecer e visualizar como seria a cidade com esses novos empreendimentos”, destaca Berger.
Além disso, uma revista digital apresenta conteúdos multimídia sobre áreas e projetos de saúde, cultura e lazer, bem como referentes ao plano diretor da cidade.
O lançamento do Floripa Interativa vai contar com a presença do Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
Ele também irá se reunir com o prefeito e o secretário de CT&I de Florianópolis, Carlos Roberto De Rolt, para debater o projeto Cidade Digital, que prevê investimento de R$ 6,9 milhões na implantação de uma rede para fornecer acesso gratuito à web à população de todo o município.
Na reunião, os gestores também irão tratar de uma proposta para modernização e instalação de novos telecentros na capital catarinense, em um projeto estimado em R$ 748 mil.
“O objetivo é promover a inclusão empreendedora por meio do fornecimento de infraestrutura física, pessoal e tecnológica”, destaca De Rolt.
CAPITAL INOVADORA
Florianópolis é movimentada no quesito inovação.
Em abril deste ano, por exemplo, foi aprovada na câmara de vereadores a Lei Municipal de Inovação, que destina R$ 15 milhões para investimentos em projetos da área na cidade a partir de 2013.
A lei criou o Fundo Municipal de Inovação e o Programa de Incentivo à Inovação, alémd e prever a instituição de instrumentos como o Sistema e o Conselho Municipal de Inovação, os Arranjos Promotores da Inovação, a Rede de Escritórios de Projetos de Inovação e o Plano de Sustentabilidade.
Antes da aprovação da lei, a cidade já investiu, no ano passado, R$ 2,9 milhões numa rede própria de 174 quilômetros de fibra para conectar todos os órgãos municipais.
O circuito inclui toda a rede de saúde e educação. Serão inteligadas as mais de 170 unidades da prefeitura a uma velocidade de 1Gbps – hoje, a conexão é de 1 Mbps.
Também entram no planos da rede ampliar a oferta de e-gov e cortar o gasto com telefonia, por expansão do uso de VoIP, para 36% do atual.
Outro passo na inovação é o aporte de R$ 230 milhões que Florianópolis irá receber para a criação de institutos de tecnologia e de inovação pelo Senai.
Do total, R$ 130 milhões serão de recursos do Senai Nacional, incluindo o financiamento do BNDES, e outros R$ 100 mil com recursos próprios.
Além disso, o Sapiens Parque, polo tecnológico da cidade, recebeu mais de R$ 69 milhões desde 2010 em investimentos – sendo R$ 23 milhões da Softplan em 2011 -, e deve abrigar, ainda em 2012, um laboratório da Phillips para desenvolvimento da tecnologia OLED (Organic LED) na InovaLAB, a incubadora do Sapiens, que hoje abriga sete empresas.
A MARCA DA INOVAÇÃO
Não à toa, Florianópolis lançou em 2010 a marca “Capital da Inovação”, em um movimento de entidades de TI e do meio empresarial, órgãos de governo, ONGs, e instituições de ensino de todo o estado.
A marca é gerida pela Acate e, segundo a entidade, é uma tentativa de englobar um universo de mais de 500 empresas de base tecnológica que, juntas, faturaram em 2009 cerca de R$ 1,2 bilhões, empregando mais de 5 mil pessoas.
A cidade possui ainda quatro fundos de capital de risco e semente, dez centros e institutos de pesquisa e desenvolvimento e 15 centros universitários.
(Baguete, 04/06/2012)