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Emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, deve ser parcialmente fechada para obras

A data ainda não está definida, mas é certo que a Emergência Geral do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, deve ser parcialmente fechada. Para reduzir o impacto da decisão que envolve a instituição de referência em pediatria em Santa Catarina, a direção do hospital sugere que a rede de saúde se prepare, como o Hospital Universitário (UFSC), e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital.

Pelo setor, passam em média 250 pacientes por dia, entre eles vítimas de acidentes domésticos, de trânsito e de queimaduras. No inverno, o maior número de casos é de pacientes com gripes e infecção das vias respiratórias. A redução da área em 50% vai ocorrer por causa das obras do Centro Cirúrgico e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que vão ganhar novo layout e modernização tecnológica, aumentando de 10 para 20 leitos.

Hoje, são seis os consultórios funcionando, um em ortopedia, outro pediatria geral e quatro em cirurgia.

— Vamos ter que reduzir a capacidade pela metade. Sabemos que será um transtorno, mas não temos como ampliar a capacidade da demanda exigida sem interromper parte das atividades — diz a médica Lúcia Regina Schultz, diretora técnica.

A diretora conta que houve reuniões para tratar do assunto envolvendo a Secretaria de Estado da Saúde, a prefeitura de Florianópolis, o Hospital Universitário e o Ministério Público Estadual.

— Sabemos que pelo fato de atendermos crianças e o reconhecimento ao nosso trabalho, haverá transtornos. A direção busca alternativas para que não se repita o mesmo que ocorreu quando fechou a emergência do Celso Ramos — compara a diretora.

Obras devem ser concluídas no segundo semestre de 2013

As obras no Hospital Infantil começaram em 2010, em diferentes setores. Já foi concluído o Centro de Material Esterilizado e a Rouparia. O objetivo foi adequação às normas da Vigilância Sanitária e também modernização tecnológica. A previsão de finalização é agosto deste ano. O prazo estimado para finalização de todas as obras é o início do segundo semestre de 2013.

— Sabemos que nosso trabalho é reconhecido pela população, o que nos satisfaz. Porém, as pessoas vão ter que entender que somente casos mais urgentes (vítimas de acidentes de trânsito, queimados, oncologia) ficarão com a gente. Os outros precisarão recorrer ao atendimento básico — conta a diretora técnica.

Em janeiro foram atendidos 6.426 pacientes, sendo 4.997 na pediatria, 125 cirurgias e 1.304 na ortopedia. Foram 114 crianças que passaram pelo hospital por dia, 596 na oncologia e 650 na ortopedia. No mesmo mês, pacientes de Florianópolis que passam pela Emergência representam 46% do total, sendo que 6% chegam de municípios da Grande Florianópolis e 9% de outros municípios do Estado e de outros estados.

(Ângela Bastos, DC, 02/03/2012)

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