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Falta de passarela na SC-401, em Florianópolis, é pesadelo para moradores da região

No local, próximo ao Tican, no Norte da Ilha, não há qualquer alternativa de travessia
A estudante Bruna Goestemeir Araújo, 17 anos, teme atravessar o trecho recém-duplicado da rodovia SC-401, na altura do Terminal de Integração do Norte da Ilha (Tican), na Vargem Grande. Ainda mais quando está com seu filho de um ano no carrinho. No local, não há passarelas ou qualquer outra alternativa de travessia.
O perigo é quadruplicado: é preciso passar correndo por quatro faixas. No meio delas, ainda há o guard-rail de concreto, com uma pequena abertura, que permite a passagem de pedestres. Ali, qualquer deslize pode ser fatal.
Ajuda até para os bombeiros
Para piorar, o grande fluxo de pedestres no local faz com que as pessoas se aglomerem no vão da proteção central que divide os sentidos da rodovia. Os carros passam raspando, próximo às pessoas.
— Tem que esperar um de cada vez — explica a mãe de Bruna, Luciane Goestemeir, 42 anos.
O auxiliar de pedreiro Igor Daniel Vieira, 19 anos, diz que já ficou quase uma hora esperando para atravessar. Pediu ajuda até para os bombeiros.
Todos querem passarela
A reclamação geral é pela ausência de uma passarela para pedestres no local, restando, como alternativa, enfrentar a rodovia movimentada.
— À noite é mais perigoso. Os motoristas não enxergam a gente — diz o auxiliar de elétrica Enoque Edemir da Silva, 19 anos, que atravessa de bicicleta.
O aposentado Carlos Alberto Modelli, 67 anos, tem que enfrentar o mesmo desafio quando precisa ir ao posto de saúde, do outro lado da pista.
— Isso aqui é um absurdo. Ainda vai acontecer um acidente grave — reclama.
Obra não tem prazo
O projeto para a construção de uma passarela está pronto no Departamento Estadual de Infraestrura (Deinfra). Mas, sair do papel, é outra conversa. De acordo com o presidente do órgão, Paulo Meller, a proposta ainda está sob avaliação e não há previsão de obras:
— Temos muitos pedidos de passarelas em todo Estado. Cada estrutura custa em média R$ 500 mil. Sabemos da necessidade, mas temos que avaliar as prioridades.
(Por Mônica Foltran, Hora de SC, 09/02/2012)

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