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Turista atingida por hélice

Mulher tem antebraço parcialmente amputado em acidente com lancha em Canasvieiras, na Capital

Uma turista de Curitiba teve o antebraço esquerdo parcialmente amputado por uma hélice de lancha, ontem, em Canasvieiras, Florianópolis. De acordo com testemunhas, ela saltou da parte de trás da embarcação de médio porte, enquanto o piloto estava dando a ré. A Capitania dos Portos de Santa Catarina abriu um inquérito para apurar o caso.

O fato foi por volta das 17h30min. Moradores e turistas, que preferiram não se identificar, chamaram o acidente de fatalidade. No relato deles, a lancha já havia se aproximado da beira da praia de ré, para deixar uma senhora. Logo depois de seguir em direção ao alto-mar, a embarcação parou e voltou a dar ré, para Fernanda Karina Gumz, 21 anos, saltar. Uma mulher disse que a menina teria saltado enquanto o barco ainda dava ré.

– Logo que pulou, ela começou a se debater. Pensamos até que ela estava se afogando. O piloto veio correndo e puxou a menina da água, que gritava muito. A única coisa que notamos é que a lancha estava fora do limite (demarcado por duas raias) para entrada e saída de barcos – contou um senhor.

De acordo com os banhistas, ela também sangrava muito. Os guarda-vidas foram chamados. Em cerca de 20 minutos, o helicóptero Arcanjo dos Bombeiros chegou ao local. O tenente Túlio Zanin, que prestou socorros à vítima, disse que Fernanda estava consciente. Ela foi medicada na areia e em cerca de 10 minutos chegou ao Hospital Celso Ramos, especializado nesse tipo de trauma.

Zanin estava otimista quanto à reconstituição do antebraço da menina. A última informação repassada pelo hospital, por volta das 21h, é de que ela começava a ser operada.

A Capitania dos Portos de Santa Catarina vai apurar o que aconteceu. O capitão Cláudio da Costa Lisboa disse que não é possível afirmar se o procedimento do piloto foi errado:

– Qualquer coisa que se fale agora é especulação. A regra geral é de que o condutor de uma embarcação precisa tomar cuidado para não operar com pessoas próximas a hélices.

Lisboa esclarece que uma embarcação a motor só pode navegar a 200 metros da areia. Se quiser se aproximar da praia, deve se mover em uma linha perpendicular à terra, em velocidade inferior a 3 nós (5,5 km/h).

(Por Julia Antunes, DC, 16/01/2012)

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