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02/12/2011
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02/12/2011

Acesso liberado ao mirante das Palmeiras na Capital

Por Everton Palaoro (ND, 01/12/2011)

O secretário do Continente, Deglaber Goulart, acatou a ordem do prefeito da Capital, Dário Berger (PMDB), e mandou reabrir o acesso ao mirante da Praia das Palmeiras nesta quinta-feira (01/12). O muro da discórdia, erguido pelos moradores de três ruas do bairro Bom Abrigo, agora tem uma porta para a passagem de pedestres. A reabertura começou tranquila, mas teve confusão com a chegada da Polícia Militar.

Berger já havia se posicionado contra a construção de um obstáculo no Bom Abrigo. Ontem, ele mandou abrir parte do muro para colocar fim à polêmica. “Quero ver como os ânimos ficam nos próximos dias. Se continuar a polêmica, vou derrubar tudo”, prometeu o prefeito.

Deglaber apoiou o movimento por mais segurança no bairro desde o começo, inclusive autorizou a construção do muro. Agora, ele pretende contornar a situação com melhorias no deque e no mirante da Praia das Palmeiras. “Vamos fazer um levantamento do que precisa ser feito no local. Mas a intervenção será realizada no ano que vem”, adiantou o secretário.
O trabalho dos funcionários da empreiteira contratada para abrir o portão seguia normalmente até a chegada da PM (Polícia Militar). Seis policiais interromperam as marretadas para saber se havia autorização para a demolição. Os PMs também tentaram impedir o trabalho da imprensa. Após muita conversa, a derrubada foi retomada sem que qualquer documento fosse apresentado.

Ao ser informado que não havia autorização por inscrito, o vendedor Renato Bresciani, representante das famílias que brigam por mais segurança, mudou o tom do discurso. Até então, ele estava de acordo em liberar a passagem, mediante algumas exigências como a colocação de barras de ferro para impedir o acesso de carros e motos. “Para construir, nós pedíamos autorização. Para destruir, o prefeito deveria ter emitido um documento oficial”, cobrou. O terreno foi doado ao município, em 2004, mas até o momento a prefeitura não localizou a escritura do imóvel.

Um curativo que não resolve

Por Carlos Damião (ND, 02/12/2011)

Embora uma parte dos moradores do Bom Abrigo tenha razão quanto ao muro construído para impedir arruaças na passarela que liga aquele bairro à Praia das Palmeiras, é preciso dizer que o obstáculo – agora parcial, por conta da abertura de uma passagem, determinada pelas autoridades – não resolveria, por si, o problema da violência na região continental de Florianópolis.

O fato é que um muro que separa a sociedade – como o de Berlim, derrubado em 1989 – simboliza apenas um paliativo, uma espécie de band-aid, que tapa a ferida, mas não cura o mal. Os defensores do muro devem, sim, pressionar o poder público para que tome providências definitivas quanto aos problemas de segurança pública na região. Para que nem os moradores, muito menos os visitantes, percam a oportunidade de apreciar um dos mais belos paraísos da Grande Florianópolis.

Revitalização

Além de desobstruir a passagem no Bom Abrigo, a prefeitura tem que recuperar os deques construídos na administração da prefeita Angela Amin. A ideia, que era fantástica, pelo prazer que proporcionava à população e aos turistas, não pode se perder simplesmente porque o descaso do poder público se impôs nos últimos anos.

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