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03/10/2011
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03/10/2011

Grupo EBX ainda não definiu sobre os investimentos que fará em Santa Catarina

Dez meses e meio depois de ter desistido de instalar um estaleiro da OSX em Biguaçu, o Grupo EBX, de Eike Batista, segue sem definir os investimentos que poderá fazer em Santa Catarina.

Projetos como o Instituto Tecnológico Naval (ITN) e o Jardim Botânico de Florianópolis estão caminhando independente das promessas feitas pelo grupo antes da desistência do investimento de R$ 2,5 bilhões da OSX. A proposta mais concreta de investimento apresentada pelo grupo, de um complexo logístico em um terreno de 2,7 milhões de metros quadrados de propriedade da REX, braço imobiliário do EBX, só teve a versão preliminar apresentada no final de junho.

Após a reunião com o prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps, Theo Keiserman de Abreu, representante da REX, prometeu a apresentação de uma versão “mais robusta” e detalhada dos investimentos em até 20 dias. Três meses depois, essa versão não foi apresentada e a REX não comenta uma data para que isso seja feito.

— Eles ficaram escaldados com as ONGs criadas de um dia para o outro e que instigaram o Ministério Público contra o estaleiro. Desta vez eles estão negociando e trabalhando mais discretamente — acredita Deschamps.

De acordo com o procurador geral de Biguaçu, Anderson Nazário, os representantes da REX disseram ter realizado pesquisas de mercado para o projeto. Afirmaram também que estão finalizando a modelagem financeira do empreendimento — decidindo o investimento que será necessário e o retorno que teriam do mercado. A assessoria de imprensa da REX se limita a dizer que a empresa está “em fase de análise dos projetos”.

Conforme o que foi apresentado no final de junho, a área da REX no Bairro Estiva, em Biguaçu, poderia abrigar armazéns, escritórios, áreas de aduana para empresas de importação e exportação, hotel, shopping outlet, um truck center (área para reparo e atendimento de veículos de carga) e áreas de lazer.

Enquanto o namoro de Eike Batista com SC estava no auge, antes da desistência do estaleiro da OSX no Estado — o projeto migrou para o Rio de Janeiro —, as empresas do bilionário haviam prometido apoiar a criação do ITN e do Jardim Botânico. Até o momento, de concreto, o grupo EBX pagou pelo projeto urbanístico e arquitetônico do Jardim Botânico, para o qual investiu R$ 500 mil. Indagado se continuará apoiando o projeto, o grupo limitou-se a dizer, através da assessoria de imprensa, que “está estudando” esta possibilidade.

A OSX não comenta sobre o terreno de 4 milhões de metros quadrados que possui em Biguaçu. Na avaliação de Deschamps, a indefinição sobre o local passa pela característica da empresa, que está na Bolsa de Valores — diferente da REX.

— O futuro do terreno vai depender de uma decisão dos acionistas da OSX. Por isso essa definição deve demorar mais. Estou confiante com o projeto da REX porque, diferente da OSX, ele depende apenas do Eike — opina o prefeito de Biguaçu.

(Alessandra Ogeda, DC, 02/10/2011)

UFSC e Fundação Certi dão largada ao instituto
A Universidade Federal de SC (UFSC) e a Fundação Certi decidiram dar a largada no Instituto Tecnológico Naval (ITN) independente do apoio que a OSX poderá dar para a instituição. O primeiro passo foi formar um grupo de pesquisadores para trabalhar com os primeiros projetos de desenvolvimento focados na área de pesquisa naval.

De acordo com José Eduardo Fiates, diretor executivo da Fundação Certi, a primeira fase do ITN será desenvolvida no Sapiens Parque, onde serão instalados quatro robôs de manipulação de solda e outras máquinas de alta tecnologia utilizadas na área. Apenas esta primeira etapa terá um investimento entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões por parte da UFSC. A previsão é que o local entre em operação até o final deste ano.

– Reunimos equipes da universidade, das áreas de robótica, solda e estruturas, e da Fundação Certi, da área de instrumentação. Após essa primeira etapa, vamos formalizar a criação do instituto – conta Fiates.

A relação com a OSX avançou em um ponto: a Fundação Certi e a Welle Tecnologia Laser aprovaram um projeto, por meio do edital do pré-sal com apoio da Finep, para desenvolver uma máquina de solda a laser para chapas de fissura naval que será utilizada pela empresa de Eike Batista.

Na opinião de Fiates, este é o primeiro fato concreto de apoio da OSX para uma iniciativa de desenvolvimento tecnológico da área naval em SC. A intenção da Fundação Certi e da UFSC é que o ITN desenvolva soluções tecnológicas para a OSX e para outras empresas dos setores naval e petroleiro, como estaleiros e a Petrobras.

A OSX afirma que ainda não “possui a definição sobre o espaço físico” onde será implantado o ITN. Mas explica que já foram iniciadas parcerias para o desenvolvimento de cursos com o Senai do Rio de Janeiro e que, em breve, deverão ser oferecidos 23 cursos gratuitos em São João da Barra (para onde vai o estaleiro da OSX inicialmente previsto para Santa Catarina) e Campos, ambas no RJ. Nenhuma linha da resposta cita SC.

(DC, 03/10/2011)

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