Após 34 horas preso na Praia do Pântano do Sul, na Capital, mamífero foi resgatado por voluntários e um barco da Marinha
No mundo escuro e submerso dos oceanos, as baleias sentem o ambiente através do som. Se nos clarões e superfícies tivessem a mesma capacidade, certamente o filhote de baleia-franca juvenil resgatado com vida, ontem, na Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis, teria processado no cérebro a vibração dos que, sob chuva, acompanharam a operação de sucesso. Foram 34 horas de encalhe.
Neste caso – raro pelo fato do animal ter saído vivo e sem ferimentos –, ajudaram fatores como quantidade de profissionais, cabos e barco adequados e o acesso. Até a natureza conspirou, pois o vento jogando água sobre o animal evitou que ele se desidratasse.
Desde a manhã de quarta-feira, a baleia de nove metros e 10 a 15 toneladas foi protagonista em um cenário de expectativa, angústia e alegrias.
Já na quarta-feira, barcos artesanais tentaram o resgate. Ontem, por volta das 13h, mais um esforço. A equipe tentou amarrar uma cinta larga no animal, para minimizar o risco de lesões. Porém, devido à agitação do mar e do animal, o procedimento não foi bem-sucedido. No meio da tarde, enfim, a baleia foi resgatada.
– Passamos um cabo de fácil manuseio por volta da baleia. Na primeira, ele arrebentou. Emendamos o equipamento e fizemos a segunda tentativa, com sucesso – explicou a bióloga Karina Groch, diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca.
Em cada temporada, é comum o encalhe de animais no litoral de SC por motivos diversos. Em todos os casos, as equipes do Projeto Baleia Franca e da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca/ICMBio são acionadas, realizando prontamente o protocolo de encalhe, uma série de normas para os procedimentos de resgate. A ajuda de pescadores, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental e Marinha é imprescindível.
A operação teve a participação da equipe do Projeto Baleia Franca, APA e Associação R3 Animal, e apoio dos Bombeiros, Polícia Militar, pescadores, Capitania dos Portos e Delegacia Especial de Polícia Marítima.
– As pessoas acham que tem que ser rápido, mas para uma operação a gente precisa levar em conta vários fatores: o estado de saúde do animal, onde encalhou, as condições de navegação e até o tipo de equipamento a usar – observa a bióloga.
Para Karina, salvar baleias não está ligado a uma questão de tecnologia.
– A gente não sabe onde o encalhe vai ocorrer. No ano passado foi em Itapirubá; agora, aqui. Claro que ter uma embarcação específica para este fim poderia ajudar, mas temos uma rede que atua conjuntamente e que dispõe de suas embarcações – conta.
Para Karina, a operação só teve sucesso porque contou com o esforço e ajuda de diversos profissionais.
O feriado de 7 de Setembro levou centenas de pessoas ao local. Todos queriam registrar imagens. Em 2010, também no 7 de Setembro, uma baleia encalhou na Praia de Itapirubá, em Imbituba, Sul do Estado. O resgate fracassou e o animal foi sacrificado.
(DC, 09/09/2011)
A praia urrou de alegria
Primeiro, a gente vê um bicho daquele tamanho agitado, se debatendo, enterrado na areia. Depois, livre, nadando e com as nadadeiras jogando água para os lados. Não tem como não se emocionar. Eu estava de olho na baleia, mas ouvia as pessoas. Um menino, embaixo de um cobertor, dizia: Mãe, só saio daqui quando a baleia sair. Apreensivas, as pessoas perguntavam por que tanta reunião dos técnicos. A torcida assistia ao trabalho de resgate, mas tinha medo que o animal morresse. Quando o barco conseguiu puxar a baleia, a praia urrou de alegria. Parecia um jogo do Brasil, uma final. Pelo jeito, contra a Argentina.
(DC, 09/09/2011)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |