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A superintendência do Instituto Histórico do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan) e o Museu Victor Meirelles, de Florianópolis, aderem hoje por tempo indeterminado à greve dos servidores do Ministério da Cultura (MinC). A exigência é o cumprimento do acordo assinado pelo governo em 2007, que prevê Plano de Carreira dos Servidores da Cultura, regulamentação da gratificação de titulação e aumento de 78% para todas as funções.
A greve começou na terça-feira no Rio de Janeiro e, além de Santa Catarina, houve adesão dos servidores de Minas Gerais. Há mobilização ainda em Brasília, Bahia, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande Sul. Em São Paulo a assembleia estava marcada para o final da tarde de ontem.
Segundo a superintendente do Iphan SC, Cristiane Galhardo Biazin, a situação atinge as sedes de Laguna, São Francisco do Sul e Pomerode.
– No Iphan ficam interrompidas as atividades de licenciamento arqueológico, autorização de obras e de manutenção de bens tombados, autorização de saída de obras de arte do Brasil e ações do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC) das cidades históricas.
O Museu Victor Meirelles é vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Com a greve, serão fechadas as salas de exposições permanentes e temporárias, cessam as oficinas e cursos e foi suspensa a sessão de hoje à noite do Projeto Cinema Falado.
– As atividades administrativas e de conservação serão mantidas, mas somente as de caráter inadiável – diz o museólogo Rafael Muniz de Moura, do Museu Victor Meirelles.
Conforme Rafael, em 2007, houve uma greve de 99 dias, que gerou o acordo que previa atendimento das reivindicações da categoria, mas quatro anos depois, “os trabalhadores da Cultura não foram atendidos”.
No Estado, o movimento está sendo acompanhado pela diretoria regional do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, que cuida das representações regionais de 47 órgãos nacionais, que incluem o Incra, Ministério do Transporte, Funasa, Ibama, entre outros.
No Rio, o Museu Nacional de Belas Artes, o Museu da República, a Biblioteca Nacional, o Museu Imperial de Petrópolis, a Funarte Rio e a Chácara do Céu estão fechados.
Conforme a adesão à greve, podem parar até 29 museus brasileiros que geridos pelo Ibram.
(DC, 25/08/2011)
