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Tecnologias para economizar água

Da coluna de Estela Benetti (DC, 25/07/2011)

Oempresário Paulo Censi, de Blumenau, aprendeu hidráulica no Exército. Graças à habilidade, trabalhou como encanador por 20 anos no município e, depois, idealizou e fundou duas empresas, a Censi Sistemas Hidrossanitários, há 13 anos, que é a companhia atual da família, e a Blukit, que atua no mesmo segmento. A sua principal obsessão é a pesquisa e desenvolvimento e compra de tecnologias que permitem melhorar a eficiência das caixas de descarga sanitária e lixeiras eletrônicas e outras melhorias hidráulicas. Segundo ele, o sistema oferecido pela empresa para as caixas sanitárias podem economizar até 50% de água. A lixeira, movida por um sensor, abre a tampa automaticamente. No ano passado, a empresa cresceu 14%, e a meta, para este ano, é de 19%.

Como o senhor passou de encanador para industrial?

Paulo Censi – Quando deixei a minha cidade, Apiúna, para ingressar no Exército, lá dentro havia a necessidade de desenvolver um ofício como voluntário. Como havia obras a fazer, eu me ofereci. Fiz curso na engenharia do Exército, na área de hidráulica. Após três anos, saí do Exército e fui trabalhar na construção civil. Instalei vários sistemas de préditos e casas. A crise dos anos 1980 gerou muita instabilidade no mercado. Eu estava interessado em algo mais sólido, por isso senti que poderia abrir o negócio próprio na área que eu dominava bastante. Criei a Blukit com mais dois sócios e trabalhei nela durante 22 anos. Há 13 anos, abri a Censi e, há dois anos, deixei de ser sócio da Blukit.

Como surgiu o gosto pelas invenções em hidráulica?

Censi – No período de 20 anos em que passei trabalhando percebi muitos problemas e avaliei que era possível oferecer soluções. Liderando uma equipe de 15 a 20 encanadores, executei instalações em cerca de 40 edifícios e residências. Em 1985, resolvi mudar o rumo da minha vida profissional, fui trabalhar sozinho. Desenvolvi vários produtos hidráulicos e ainda chefio a equipe de desenvolvimento aqui da nossa empresa.

O que mais vende no segmento?

Paulo Censi – As caixas de descarga em cima do bacio vieram para ficar. Há alguns anos trabalhamos para criar mecanismos para essas caixas. Lançamos tecnologia com dois acionamentos de descarga (Dual Flush), com um botão menor para urina e um maior para fezes. Os bacios gastam seis litros de água em cada descarga. O botão menor libera apenas três litros. Fizemos uma pesquisa num grande condomínio de São Paulo e identificamos redução de consumo de 45% a 50% por mês.

Qual é o foco da empresa ao mercado de construção?

Censi _ Todos os nossos produtos são direcionados para economia de água e higiene. Uma das novidades é o fechamento soft close da tampa do bacio. A tampa é aberta e, para fechar, desce suavemente, não bate.

Vocês importam da China ou de outros países?

Censi – Temos patentes e invenções. Hoje, cerca de 50% dos nossos produtos são feitos em Blumenau, uma parte é feita na Itália e em torno de 50% é feita na China. Levamos projetos e os chineses fazem lá ou a gente compra de lá. Hoje, o que pesa na produção, no Brasil, é o elevado custo dos encargos sociais sobre a folha salarial. Estamos no caminho da China há 12 anos, mas a gente sabe que está ficando caro fazer lá. Hoje, geramos perto de 100 empregos no Brasil. Se fizéssemos tudo aqui, estaríamos gerando o dobro de postos de trabalho.

Em que mercados a Censi atua?

Censi – Atuamos em todo o país, principalmente em lojas de reposição e assistência técnica. Diversos produtos nossos substituem os existentes. Oferecemos soluções para o que vai dentro da caixa de descarga. Nós entramos com produtos mais sofisticados e duráveis, com tecnologia mundial de ponta. Também oferecemos informações acessíveis sobre como instalar.

Que conselhos o senhor dá para futuros empreendedores?

Censi – Em primeiro lugar, a pessoa deve ter muito conhecimento daquilo que pensa em fazer e ter muito respeito com o consumidor. Primeiro, também, é preciso muito trabalho; segundo, muito trabalho; e terceiro, muito trabalho. Tem algo mais, o amor como o trabalho é feito. Apliquei isto tanto na primeira quanto na segunda empresa. Eu sempre me coloco no lugar do consumidor, por isso faço questão de oferecer produtos e serviços de qualidade, além de proporcionar economia de água e higiene.

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