Castelo se reuniria nesta terça-feira com diretor do Grupo, mas por conta de problemas nos aeroportos encontro ficou para próxima terça
O destino do terreno de 144 hectares em Tiuquinhas, de propriedade do Grupo EBX, de Eike Batista, não será decidido esta semana. A reunião marcada para esta terça-feira, 14, entre prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps, e diretor da REX, vertente no setor imobiliário do Grupo, Marco Adnet, foi transferida para a próxima terça-feira, 28. “Tivemos de mudar a data do encontro por conta dos problemas nos aeroportos devido à fumaça do vulcão no Chile”, esclarece Castelo;
A reunião, que será no gabinete do prefeito, em Biguaçu, terá três pautas principais. “Vamos discutir o polo náutico, a proposta de o Grupo EBX construir uma central de logística no terreno em Tijuquinhas e o nosso projeto do parque industrial”, antecipa o chefe do Executivo Municipal. Após o anúncio da desistência de instalar o estaleiro OSX em Biguaçu, Castelo estuda propostas de investimentos no terreno e Tijuquinhas para apresentar à empresa de Eike Batista. “No primeiro momento vamos conversa no gabinete, depois vamos visitar os locais. São apenas planos, vamos ver a posição deles”, conta.
(Por Carol Ramos, ND, 14/06/2011)
Projeto logístico em Biguaçu
Braço imobiliário do Grupo EBX confirma proposta para terreno de 2 milhões de metros quadrados
A REX, braço imobiliário do grupo EBX, do bilionário Eike Batista, confirmou, ontem, que estuda um projeto logístico no terreno de 2 milhões de metros quadrados em Biguaçu, na Grande Florianópolis. No local seria construído, inicialmente, o estaleiro OSX, um investimento de US$ 1,7 bilhão que acabou sendo transferido para o Rio de Janeiro.
A informação foi dada pela assessoria de imprensa da REX, que não deu mais detalhes sobre os planos da empresa. A expectativa é que sejam divulgados pela empresa ao prefeito de Biguaçu, José Deschamps, no dia 28. Isso porque a reunião que deveria ocorrer hoje foi remarcada em função do caos aéreo originado pelos cancelamentos de voos provocados pelas cinzas do vulcão chileno Puyehue na Região Sul.
Os cancelamentos teriam prejudicado a agenda de executivos da REX, empresa do Grupo EBX que entrou em cena quando o estaleiro da OSX migrou para o Rio de Janeiro. O prefeito de Biguaçu confirma que as conversas que teve, desde o ano passado, com o diretor-executivo da REX, Marco Adnet, apontam para um projeto logístico para o terreno.
– Ele tem sido muito atencioso. Trocamos alguns telefonemas, quando expressamos a vontade do município em receber um centro de logística. Ele gostou muito da ideia, que conciliaria com alguns dos projetos sugeridos pelas consultorias que a empresa contratou – diz Deschamps.
De acordo com o procurador-geral de Biguaçu, Anderson Nazário, o grupo de Eike Batista teria investido, apenas na compra do terreno, R$ 75 milhões. Ele afirma que, desde que o estaleiro da OSX foi anunciado na cidade de São João da Barra, no Rio de Janeiro, o Grupo EBX teria desistido de projetos similares ou que exigissem dragagem em Biguaçu.
A expectativa de Deschamps é de que parte do terreno comprado por Eike Batista seja utilizado para um centro logístico e que a outra parte possa abrigar um parque industrial.
Deschamps acredita que a ideia de um hotel-marina, citada por Eike logo após o anúncio do estaleiro da OSX no Rio de Janeiro, foi abandonada porque o empresário teria ficado “traumatizado” com a repercussão do projeto do estaleiro em SC.
– Ele ficou um pouco traumatizado com a questão do mar porque algumas pessoas não entenderam que ele queria fazer um projeto com equilíbrio na cidade. Estas pessoas ainda não assimilaram o quanto perdemos neste processo – afirma Deschamps.
(Por Alessandra Ogeda, DC, 14/06/2011)
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