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Quarta ponte, Florianópolis e Sydney

Artigo escrito por Nelson Casarotto Filho – professor da UFSC (Por email, 14/06/2011)

Na edição do DC de sexta, 3 de junho, notícia antecipa que a opção de ligação ilha-continente será uma ponte ligando a Beira Mar norte com a Beira mar continental. Pois bem, Sydney, até pouco tempo, era uma bela cidade, de ótima qualidade de vida, equiparada a cidades canadenses, mas não mais que isso. A partir da construção do magnífico prédio do Ópera, Sydney passou a ser “Top Five” como cartão postal de centro de cidade, se não for “number one”, junto com Veneza, Paris, Nova York e Londres. Mas não foi só pelo ópera, não. Imaginem agora Sydney com uma nova ponte e uma Beira mar passando ali ao lado do ópera. Imaginaram? Que horror! O Ópera desapareceria, a antiga ponte de Sydney seria altamente depreciada. Pois é isso que querem fazer aqui em Floripa? Em primeiro lugar, podem esquecer a Hercílio Luz, pois seria oprimida pelas demais. Sydney optou por um túnel cruzando o braço de mar e o centro da cidade. Dois coelhos numa cajadada. Salvou o centro, salvou a velha ponte, salvou também o jardim botânico ao lado do Ópera. Está na hora de pensarmos um pouco mais longe. Vejam que a Beira Mar hoje nada mais é do que um trecho da BR282, que começa em ingleses e vai até São Miguel do Oeste. Às três da tarde na Beira Mar se vê caminhões semi-reboque de três eixos, ônibus de turismo, caminhões caçamba, tudo em direção a ingleses. Fora a vista, morar na Beira Mar Norte não é muito diferente de morar ao lado de uma BR. Temos que pensar no túnel passando sob a baía e sob o centro da cidade, desembocando lá na penitenciária. E já podem ir reservando o terreno para as alças na boca do túnel. Imaginem que a Beira Mar passaria a ser uma avenida, ou melhor, uma rambla, um Boulevard de trânsito local! Que maravilha. Nem precisaria seis pistas. E agora imaginem mais, um prédio cultural do porte do Ópera, num aterro na curva em frente ao Conselho de Contabilidade e ao hotel Baía Norte. Um novo CIC de arquitetura vanguardista. Com certeza estaríamos num “Top Ten” de postais urbanos. Delírio? Não! Sydney fez exatamente isso! Um túnel pode custar três vezes mais do que uma ponte? Mas e o retorno? Pela qualidade de vida não tem preço, como diz a conhecida propaganda. Pelo lado econômico as externalidades pagam. Senhor governador, prefeito, secretário da Grande Florianópolis, secretário de infra-estrutura, dêem um pulo a Sydney antes da decisão! O vôo é direto de Buenos Aires. E aproveitem, ao lado do Ópera, e peguem um barco para Manly, a Lagoa da Conceição de Sydney. Talvez surjam novas idéias. Um porto, sei lá. E com certeza vão ver camisetas do Avaí, pois catarinense em Manly é o que não falta.

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