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Beira-mar de Barreiros deve ser construída em etapas

Primeiro, duas pistas de rolamento e uma de aceleração ficarão prontas. Depois, o restante da obra

A dificuldade encontrada pela Prefeitura de São José em conseguir os R$ 150 milhões, valor estimado do total da obra da Beira-mar de Barreiros, está trazendo uma segunda alternativa ao Executivo: construí-la em etapas. O projeto inicial mostra uma ampla avenida, com oito pistas, quatro em cada sentido, área central destinada aos espaços públicos, como ciclovia, praça, áreas de lazer e institucional. Devido aos poucos recursos, a ideia é fazer primeiramente duas pistas de rolagem e uma terceira de aceleração para, depois, chegar a sua totalidade.

Conforme o secretário executivo de Projetos Especiais, Aurélio Remor, para a primeira etapa da obra seriam necessários cerca de R$ 20 milhões. “Em 14 meses, as primeiras três pistas podem ficar prontas. Elas guiariam os veículos no sentido Florianópolis-São José e a avenida Leoberto Leal faria o contrário. Assim, o trânsito seria desafogado proporcionando mais mobilidade”, explica.

Diariamente, a avenida Leoberto Leal, recebe 50 mil veículos e é considerada uma das mais importantes do município. Esta semana, Remor está em Brasília (DF) discutindo sobre os recursos necessários à obra. O projeto inicial foi aprovado pela Fatma (Fundação do Meio Ambiente), que solicitou aprofundamento em alguns tópicos.

“Falta somente 5% do projeto para ser aprovado. Estamos completando os estudos e não podemos apressá-lo porque os critérios são muito abrangentes e tentamos elencar todas as possíveis variáveis para não ter problemas mais adiante”, esclarece o secretário. A Beira-mar de Barreiros terá início no Rio Büchler, limite com Florianópolis, e terminará no Rio Três Henriques, no bairro Serraria, ligando a BR-101.

Projeto fundamental que não pode ser adiado

A mobilização de toda a sociedade é necessária para que a obra da Beira-mar de Barreiros saia do papel, segundo o presidente da Aemflo/CDL-SJ (Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis/Câmara de Dirigentes Lojistas de São José), Tito Alfredo Schmitt.

Conforme o presidente, está havendo grande empenho por parte do secretariado de São José, mas que não tem condições de realizar as liberações ambientais. “Continuamos insistindo junto das autoridades que é projeto fundamental para mobilidade e melhoria da qualidade de vida de todos”, explica.

Tito comenta que a realização da obra em parte pode ser uma solução momentânea, mas em alguns anos se tornará obsoleta. Para ele, o ideal seria fazer a tocar obra de uma só vez. “Depois, há a troca do prefeito e secretários. Acredito que o problema do recurso financeiro pode ser resolvido”, finaliza.

(ND, 21/06/2011)

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