Projeto de reutilização de lixo orgânico vira “sem terra”
30/05/2011
Exposição valoriza meio ambiente e trilhas de Florianópolis
30/05/2011

Últimos terrenos disponíveis na Capital são vendidos a preço de ouro

Escassas, grandes áreas próximas ao Centro de Florianópolis são alvo de cobiça, mas têm preço para poucos bolsos

Duas grandes áreas colocadas à venda pela empresa de transporte coletivo e de cargas Reunidas, uma em Capoeiras, na Capital, e outro em Barreiros, em São José, prometem esquentar ainda mais o já aquecido mercado de terrrenos com possibilidade de uso comercial.

“Terrenos grandes como esses estão se tornando raros dentro da cidade, principalmente próximos ao Centro. Eles são como uma Ferrari, sempre tem quem queira, mas elas são raras, assim como quem possa pagar o preço”, argumenta Hélio Bairros, presidente do Sinduscon (Sindicato da Construção Civil) de Florianópolis.

Um dos terrenos fica entre a avenida Governador Ivo Silveira e a rua Álvaro Tolentino, em Capoeiras, e tem 24 mil metros quadrados. O preço pedido pela Binswanger Consultoria Imobiliária, empresa responsável pela venda, é de R$ 35 milhões, ou seja, R$ 1.458,33 o metro quadrado.

A outra área, bem maior, com 116 mil metros quadrados, está avaliada em R$ 60 milhões. Ela fica às margens da BR-101, na altura de Barreiros, tem frente para o mar e para a rodovia. O custo por metro quadrado é de R$ 775. Segundo Ulisses de Paula, diretor da região sul da Binswanger, os valores são definidos por pesquisas de mercado, tendo como base imóveis semelhantes situados nas mesmas regiões.

Bairros diz que, pela localização, talvez o mais interessante fosse manter o perfil comercial das duas áreas. Ele assinala, no entanto, que se o anel viário sair do papel, o terreno de Barreiros poderia ser explorado para a criação de um condomínio ou algo semelhante.

Preços estão no limite, diz avaliador

O corretor e especialista em avaliação de imóveis pela Universidade Corporativa do Sindimóveis/SC (Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de Santa Catarina), Edgar Vieira Machado Serra, considera que os valores do metro quadrado na Grande Florianópolis já estão atingindo o pico.

“A especulação imobiliária que ocorreu em todo o Brasil e, em especial em Florianópolis, devido a criação da Beira-mar Continental e a exposição da cidade na mídia, fez com que os preços atingissem o limite”, afirma o especialista. De acordo com ele, a única possibilidade de os preços continuarem subindo é a contínua migração para a cidade, o que, por outro lado, “acarretaria em uma perda do resto da qualidade de vida”, com possível reflexo nas cotações.

Ulisses de Paula, diretor da região sul da Binswanger, diz que, ainda assim, se o comprador das áreas souber planejar, o terreno deve valorizar significativamente.

Uma das formas para atingir este objetivo, segundo Serra, seria a criação de um bairro num modelo semelhante ao Kobrasol ou ao Pedra Branca. “É como aconteceu em Alphaville, São Paulo, as pessoas foram para longe, perdem mais tempo em deslocamento, mas lucram em qualidade de vida”, explica.

(Por Oliveira Mussi, ND, 30/05/2011)

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *