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Emancipação do Sul de Palhoça seria a solução para os problemas da região

Saneamento básico é o ponto mais reivindicado pelos moradores e comerciantes
A precariedade dos serviços oferecidos pelo poder público na região Sul de Palhoça fez com que os moradores e comerciantes sejam favoráveis à proposta da emancipação da localidade. Principalmente, devido à falta de tratamento da rede de esgoto e de serviços básicos, como banco ou casa lotérica, a divisão do município se tornou a última opção em busca de uma cidade melhor.
Os poucos investimentos nos bairros que ficam entre o Rio Cubatão e o Rio da Madre, onde há aproximadamente 15 mil habitantes, seriam ampliados com uma nova prefeitura, segundo o vendedor Willian Zimmmermann, 26. “Pior que está não pode ficar. Este é um lado esquecido, usado somente para mostrar a beleza das praias”, afirma.
Apesar da grande quantidade de cargos públicos que precisariam ser criados com a nova Prefeitura e Câmara de Vereadores, o comerciante da Guarda do Embaú, Aldo Rey, 45, é a favor da emancipação do Sul. Segundo ele, o local está abandonado há muito tempo. “Temos as praias mais belas do Brasil e ainda moramos na periferia da cidade”, critica.
Rey participa do movimento SOS Rio da Madre, que busca a implantação do saneamento básico para a região da Guarda do Embaú. “Não há fiscalização de obra, há muitas ligações ilegais de esgoto e é tudo muito precário”, reclama.
A emancipação traria ao novo município, segundo a proprietária de uma pousada Valnir de Oliveira, 46, mais serviços bancários, por exemplo. “Para pagar as contas é preciso ir ao Centro da Palhoça ou a Paulo Lopes. Aqui somente temos caixas eletrônicos”, destaca. A empresária comenta, também, que a falta de saneamento básico é o ponto mais crítico do local. “Perdemos turistas a cada temporada que passa. Ninguém quer andar com pés no esgoto”, afirma.
Região sofre sem serviços básicos
Ricardo Scherer, 50, espera uma situação melhor com divisão de Palhoça. Ele, que é proprietário de um restaurante da praia da Pinheira, conta que falta praticamente tudo no local. “Não sei se é pela distância do Centro que os recursos e investimentos não chegam ao Sul. Dizem que Palhoça é bela por natureza, mas toda a beleza está aqui e não fazem nada para mantê-la”, observa.
Conforme Scherer, não há outra opção de crescimento para a região sem ser a emancipação. O empresário comenta que todo o lucro gerado no verão não retorna ao Sul. “Vivemos do comércio e a maioria dos nossos clientes são turistas. Se a praia estiver suja, os turistas não vêm e todos perdem com isso”, acrescenta.
A o prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt propôs a emancipação do município há três anos. A deputada estadual Dirce Heiderscheidt fez a mesma proposta na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) e solicitou um estudo de viabilidade para realizar um plebiscito e ouvir a comunidade.
(Por Mariella Caldas, ND, 24/05/2011)

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