Tribunal do Contas pede explicações sobre licitação do Mercado Público
10/05/2011Formação de mão de obra não acompanha o ritmo de crescimento do setor de TI em Florianópolis
10/05/2011Apagão da tecnologia
Artigo escrito por Moacir Antônio Marafon – Vice-presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (DC, 10/05/2011)
Faltam profissionais nas empresas de tecnologia de Florianópolis e de Santa Catarina. Nunca se falou tanto do iminente apagão da mão de obra e não só a da tecnologia, como a dos mais diversos segmentos, em tempos de crescimento acelerado do Brasil. Nos últimos anos, a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) não tem medido esforços para enfrentar este problema, com soluções que envolvem as próprias empresas, instituições de fomento, centros de ensino, governo e todos os atores que têm como lema o investimento maciço em formação e qualificação.
O apoio do poder público é fundamental e, por meio dele, ajudamos a criar em Florianópolis a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável. Dois projetos entre Acate e prefeitura merecem destaque: o Aluno Monitor/Desafio Digital, que visa a despertar o interesse pela tecnologia nos jovens das escolas públicas, e o mapeamento dos recursos humanos.
Mapeamos todas as carreiras, habilidades e competências existentes entre os profissionais que atuam no setor tecnológico. Identificamos o número de profissionais empregados, a demanda reprimida do setor, o perfil e a qualificação técnica dos profissionais buscados pelas empresas, a expectativa de empregos gerados nos próximos anos, etc. Junto às instituições de ensino, identificamos os cursos oferecidos na área, qual a grade curricular, quantas vagas são abertas e quantos profissionais formam anualmente para o mercado.
O resultado desta pesquisa, que foi apresentado ontem, em Florianópolis, irá nortear os futuros investimentos em capacitação da mão de obra de tecnologia, tanto por parte das empresas quanto por pare do poder público, por meio de políticas de fomento e incentivo. Com esforços conjuntos e de forma colaborativa, conseguiremos não só superar a adversidade do apagão de profissionais, como também gerar oportunidade de emprego e renda para milhares de jovens da nossa região.
