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Área liberada sobe 232% na Capital

Regiões de Ingleses e Canasvieiras, no Norte da Ilha, lideram ranking local de autorizações concedidas no primeiro trimestre
A indústria de construção civil começou o ano cheio de apetite em Florianópolis. A área autorizada para novas obras chegou a 492 mil metros quadrados no primeiro trimestre, 232,4% superior aos 148 mil metros quadrados do mesmo período de 2010.
Entre janeiro e março, foram concedidos 465 alvarás de construção em Florianópolis, mais do que o dobro do ano passado (211).
O Norte da Ilha aparece como a região de maior interesse para o setor. Em Ingleses, líder do ranking local pela segunda vez nos últimos três anos, a área autorizada de 75 mil metros quadrados é quase sete vezes maior do que a liberada no primeiro trimestre em 2010.
Canasvieiras também aparece no alto da lista. Está na terceira posição (68,5 mil ), colada à Praia do Campeche (68,7 mil), no Sul da Ilha.
Para Hélio Bairros, presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon) da Grande Florianópolis, os dados revelam muito mais uma proteção de mercado do que um crescimento real na oferta de novas unidades.
– Muitos donos de terra ficaram amedrontados com algumas políticas públicas restritivas e com a burocratização exagerada nos processos de licenciamento ambiental.
Bairros também acredita que esta explosão no número de alvarás seja o efeito da burocracia para finalizar muitos processos iniciados um ou dois anos atrás. Por conta disso, o Sinduscon defende regras claras, planejamento, segurança jurídica e obras de infraestrutura.
Preços crescem até 20% ao ano
O mercado imobiliário aquecido pode ter ampliado o número de novos empreendimentos na Grande Florianópolis, mas não em quantidade suficiente para frear o aumento dos aluguéis. A procura maior do que a oferta em alguns bairros da Capital segue ditando os preços, que estão subindo entre 15% e 20% por ano. Para Bairros, o mercado imobiliário local pode demorar mais cinco anos para se estabilizar.
Os apartamentos de dois dormitórios são os campeões de procura. O aluguel de uma unidade deste tipo de alto padrão, no Santa Mônica, bairro de classe média alta, próximo ao campus da UFSC e ao Iguatemi Floripa, valorizou em torno de 30% nos últimos 12 meses.
Sandra Rodrigues, gerente de aluguéis da Brognoli, maior imobiliária do Estado, diz que o preço subiu de R$ 1,2 mil para R$ 1,6 mil.
– A procura por imóveis de dois e três quartos, que são os mais desejados, cresceu pelo menos 30% neste último ano na Ilha e alguns bairros do Continente – revela a gerente.
A escassez de imóveis para locação é originada tanto pela falta de espaço em alguns bairros da Ilha, como Centro e Trindade, quanto pela pressão que os imóveis fechados fazem no mercado. Os bairros que lideram a busca por locação na Capital são o Centro, Trindade, Coqueiros e Estreito.
Segundo Luiz Roberto de Souza, gerente de vendas da imobiliária Pirâmides, a maior oferta e os novos lançamentos na região continental da Capital tem segurado preços. Apartamentos de dois dormitórios estão sendo vendidos na faixa de R$ 230 mil, bem abaixo dos R$ 300 mil a R$ 320 mil cobrados por unidades do mesmo tipo na Ilha.
(Por Alessandra Ogeda, DC, 27/04/2011)
Apostas com retorno alto
As construtoras seguem lançando novos empreendimentos em bairros disputados, como o Centro, a Trindade e o Itacorubi, na Ilha. Mas para quem procura novos apartamentos para investir tem se dado melhor em outros pontos da cidade.
A avaliação é de Luiz Roberto de Souza, gerente de vendas da imobiliária Pirâmides. Ele afirma que o investidor que compra imóvel na planta tem ganhado mais apostando em oportunidades na região continental de Florianópolis, em áreas como Estreito e Campinas, em São José, na Grande Florianópolis.
O contrato de um apartamento adquirido no lançamento é reajustado com base no Custo Unitário Básico (CUB) até que o empreendimento seja finalizado. Em 2010, o CUB em Santa Catarina subiu 5,63%. Mas imóveis de dois quartos no Estreito e em Campinas têm alcançado valorização média anual de 14,5%.
Um ganho que, segundo Souza, não é obtido por quem escolhe a opção mais conservadora: novos empreendimentos no Centro da Capital ou Trindade e Itacorubi.
– Nestes locais, a valorização média tem sido de 10% ao ano. Na Trindade, onde o mercado está saturado, o retorno de quem está investindo agora é menor especialmente por causa da forte concorrência.
(DC, 27/04/2011)

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