Pesquisa aponta quanto dinheiro traz o turismo de eventos para Florianópolis
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Turista reprova serviço de táxi em Florianópolis

Levantamento também aponta que 76% dos visitantes ouvidos não receberam informações sobre os atrativos e passeios

Florianópolis é o quarto principal destino para congressos e feiras internacionais no país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Mas precisa melhorar com urgência o serviço de táxis e as informações para os turistas de negócios.

Esta foi a conclusão de pesquisa inédita sobre o segmento divulgada ontem na Capital. Encomendada pelo Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau (FC&VB) e realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ela revela que o turista de negócios desembolsou, em média, R$ 249,78 por dia na cidade em 2010.

O levantamento ouviu 4,5 mil visitantes para traçar o perfil do turista que gasta mais dinheiro na Capital e os aponta quais serviços precisam ser melhorados. Os taxistas e o comércio receberam as piores avaliações.

Segundo Luiz Gustavo de Medeiros Barbosa, coordenador do Observatório de Inovação do Turismo da FGV, a avaliação do serviço transporte por táxis em Florianópolis, utilizado por 53,8% dos entrevistados, ficou abaixo do índice nacional.

Oito em cada 10 entrevistados não ficaram em Florianópolis nenhum dia a mais além do previsto pelo evento. A maioria viajou sozinho, e 76% dos entrevistados disseram não ter recebido informações sobre atrativos da cidade e opções de passeio.

– A cidade pode trabalhar para expandir a permanência média do turista de negócios, que ficou quatro dias na cidade, no ano passado, para, pelo menos, mais um dia. Este acréscimo teria resultado em R$ 4 milhões a mais – projeta Barbosa.

Os 20 mil turistas que participaram dos 20 eventos pesquisados no ano passado injetaram R$ 19 milhões diretamente na economia da Capital. Outros 21 eventos técnicos, científicos e de negócios ocorreram em Florianópolis no período.

O gasto médio dos turistas brasileiros e estrangeiros, na Capital, está abaixo da média da pesquisa nacional, realizada a pedido da Embratur em 2007 e 2008. No país, o gasto médio do turista brasileiro foi de US$ 165 por dia (em torno R$ 275). E o do estrangeiro, ainda maior: US$ 265 (cerca de R$ 442).

O gasto de quase R$ 250 dos turistas de negócios na Capital é 150% maior do que o desembolso médio dos turistas de cruzeiros que chegaram a São Francisco do Sul nesta temporada, segundo levantamento da Secretaria de Turismo local.

A iniciativa do FC&VB soma-se às pesquisas iniciadas pela Fecomércio e prefeituras na busca por indicadores confiáveis para o setor em SC.

(DC, 17/03/2011)

Falta opção para lazer

Florianópolis precisa investir na repaginação dos sites de turismo, na opinião do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em SC (ABIH-SC), João Eduardo Moritz.

– Nossos sites são muito ruins. Precisamos investir em ferramentas. Atualmente, os turistas escolhem seus destinos só depois de muito pesquisar na internet – avalia.

Ele e o secretário de Turismo da Capital, Márcio de Souza, concordam que a cidade precisa criar alternativas para dias de chuva além dos shopping centers. Para Moritz, a cidade precisa investir em opções culturais.

Na opinião de Souza, a Capital deve voltar-se para o mar. Para isso, a prefeitura está trabalhando nos projetos de um museu do mar e na recomposição do parque náutico próximo aos clubes do remo na Ilha. O secretário disse que a Capital também lutará para ter um píer turístico.

A origem dos turistas de negócios também chamou a atenção do secretário de Turismo:

– Sempre olhamos para o mercado da América Latina. Mas a pesquisa nos reorientou. Vamos divulgar mais na Europa e investir em site repaginado em quatro idiomas: inglês, alemão, espanhol e francês – revela.

(DC, 17/03/2011)

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