Da coluna de Julio J. L. Pimentel (Acontecendo Aqui, 09/03/2011)
Em 82 minutos, sob as mais adversas condições, a escola de samba Grande Rio fez mais por Florianópolis, do que o nosso governo municipal jamais teria sequer pensado em fazer. Hoje, depois do desfile, o brasileiro conhece mais sobre a nossa cidade do que nossos marqueteiros conseguiram divulgar. Sem dúvida o turismo foi de longe o maior beneficiado, pois o Brasil e o mundo se emocionaram com o que a Ilha da Magia pode oferecer aos que a vem visitar, tanto material como culturalmente.
Infelizmente, os que aqui vivem e tem os olhos abertos, sabem que isso é uma falácia, não porque não seja real, mas por causa do “pode oferecer” aí em cima, pois a verdade é que não sabemos tirar proveito do que a natureza e a história nos presentearam. Aqui mais se atrapalha do que ajuda o turismo.
O marketing que veio de fora não teve sequer apoio ou a compreensão das nossas autoridades. Alguém espera um elegante gesto de reconhecimento, um simples obrigado? Eu não. É até melhor que não venha, pois, se vier, será puro oportunismo, já que o gesto decisivo deveria ter partido muito antes, primeiro com a humildade de reconhecer a grande contribuição que o desfile traria e, em seguida, com a alocação de recursos, que seriam muitíssimo mais bem aplicados do que nas famosas árvores de natal e shows de tenores, ou nas pífias festas carnavalescas localizadas (acontece que carnaval não se faz por decreto, senhores – não basta determinar que tais e quais pontos da cidade vão ter seus palcos, é preciso saber para onde as tradições nos conduzem, o que o povo quer de fato, e onde prefere brincar).
Isso tudo é contemplado por uma prática antiga nos paises adiantados e quase totalmente desconhecida entre nós: o Marketing Regional que, a partir de estudos sobre as condições e vocações sociais e econômicas de uma região geográfica, planeja o que de melhor se deve fazer para o seu desenvolvimento. No caso de Florianópolis, é óbvio que a principal vocação é o turismo, mas foi preciso que uma escola carioca viesse nos ensinar o que fazer.
Diante desse cenário desolador, parece que, lá do alto, alguém disse “Senhor, eles não merecem, dissipam o que lhes foi concedido, castiguemo-los com fogo, chuva e quedas”.
Mas os foliões da Grande Rio, que não tinham nada com o castigo, nos deram outra lição: SUPERAÇÃO.
É disso o que nosso povo precisa: superação.
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Tanto no turismo como em outro segmento, para que possamos ter êxito na promoção e comercialização, é indispensável um plano de negócio muito bem elaborado. Pois, é através do plano que podemos fazer uma avaliação prévia , evitando o gasto de tempo e dinheiro em um investimento.
No turismo as principais razões para se elaborar um plano de negócio são: a possibilidade de se avaliar a viabilidade da operação do roteiro turístico e o fato de que o plano facilita o convencimento de terceiros acerca da viabilidade do negócio e, consequentemente, torna mais fácil a obtenção de capital para o financiamento do investimento.
O mesmo deve ser elaborado antes de se implantar o roteiro turístico. É preciso detalhar cada etapa, sua fases, se é coerente a fim de impedir o gasto inadequado de investimentos e tempo.
É através do plano que analizamos as principais características do produto a ser oferecido, suas fraquezas, as oportunidades e as ameaças ao seu bom desenpenho.
Portanto, visto a importância de um bom planejamento, concluimos que ao promovermos e comercializarmos um produto turístico de uma região sem que haja o plano de negócio, certamente as consequências serão negativas. Estaremos “jogando” com a sorte…o que não é correto, uma vez que o turismo é algo sério e que deve ser trabalhado com a máxima responsabilidade.
Acredito que planejamento é a palavra de ordem para o sucesso de uma promoção e uma comercialização, para o alcance dos resultados esperados, de certo é organizar um bom plano de negócios, envolvendo a avaliação dos produtos ou serviços, a observação e estudo de oportunidades e ameaças; essas questões são de grande importância para a verificação de uma viabilidade de investimentos.
Assim, seja um produto ou um serviço turístico, um roteiro que se pretenda implantar, todos devem primeiramente ser analisados através de um plano de negócios, pois essa é a principal ferramenta para o sucesso de financiamentos, uso de tempo e resultado positivo do projeto sugerido.