Da coluna de Ligia Fascioni (Acontecendo Aqui, 21/03/2011)
Quando eu pensava que já tinha visto tudo a respeito de incompetência administrativa e operacional em cidades, aparece um buraco asfaltado bem na minha rua. Sério, gente. Quando nasce uma depressão no asfalto, até hoje a prefeitura podia fazer duas coisas: 1) ignorar o buraco, como se ela nada tivesse a ver com isso; 2) tapá-lo (ou pelo menos fingir que faz isso), mesmo que seja mal e porcamente como é do feitio de nossas administrações municipais.
Há estradas naturalmente bem maltratadas, como a BR-101, que passa por Florianópolis, por exemplo. Reza a lenda que os buracos são tão grandes e tão numerosos, que eles precisam ficar esperando no acostamento a sua vez de entrar na pista.
Não é o caso da minha rua, onde a maioria das covas são oficiais e autorizadas (aquelas tampas de metal que estragam pneus e fazem carros rebaixados arrastarem a barriga no chão).
Mas agora, já aprendi. Remendos no asfalto e crateras assassinas são coisas do passado; o prefeito, sujeito moderno e antenado que é, decidiu inovar: asfaltou o buraco. Eu sei que você não está entendendo nada, mas deve ser porque a sua cidade não deve ser tão vanguardista como a minha. Compreendo perfeitamente, afinal, até bem pouco tempo atrás, eu nem sabia que isso era possível (não acredito que essa tecnologia já tenha chegado ao primeiro mundo).
Vou explicar: eles pegam o buraco e passam uma camada de asfalto bem fininha, mas respeitando o, digamos assim, contorno natural da concavidade. Então, o afundamento na rua continua, mas não aumenta. Fica ali, conservadinho, como se tivessem passado uma tinta preta para preservar o trabalho que os caminhões e a chuva caprichosamente construíram.
É isso aí, galera: tapar buracos é coisa do passado. Vamos respeitar os afundamentos, as panelas, as crateras, os “acidentes trânsito-geográficos”, as rachaduras, as concavidades, as rupturas, os vazios, as descontinuidades do caminho. Vai ver, descobriram que deve ser mais social ou ecológico, sei lá.
Podem me julgar e me chamar de elite branca. Mas olha, não gostei.
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