Casa no Morro do Mocotó, em Florianópolis, deve ser demolida nesta quarta-feira

Família espera receber o aluguel social da prefeitura para ter uma moradia novamente
Deve ser demolida nesta quarta-feira (16) a casa do auxiliar de serviços Davi de Jesus, 31, da dona de casa Patrícia Vieira, 29, e do filho deles Miguel, de apenas três meses. Localizada no Morro do Mocotó, a moradia desabou parcialmente no domingo (13), depois de quase dois dias inteiros de chuva na capital, e foi interditada pela Defesa Civil Municipal.
Por enquanto, a família está abrigada na casa da mãe de Davi, Aldair de Jesus, 66, conhecida como dona Nana, que lamenta o ocorrido. “Foi uma pena tão grande. A Patrícia é tão caprichosa. A casa dela era toda arrumada, toda limpinha”, diz.
Apesar de bem recebidos pela mãe e sogra, que se compara a uma galinha por abraçar todos os filhotes, os três não poderão ficar lá por muito tempo. Outras nove pessoas moram no local. No momento, eles dividem colchões na sala com outra filha e um neto de dona Nana. “O Miguel não está acostumado com tanta gente. Ele olha ao redor, não conhece o lugar e chora”, conta Patrícia.
A esperança de Patrícia e Davi é conseguir o aluguel social da Prefeitura, ao menos enquanto a casa deles não é reconstruída. O pedido já foi feito para a Secretaria de Assistência Social, mas ainda não há nada decidido. Se o benefício for concedido, a família terá direito a, no máximo, R$ 400 para alugar um lugar para morar.
De acordo com o secretário de Habitação e Saneamento Ambiental, Átila Rocha, se tecnicamente o terreno for considerado seguro, existe a possibilidade de que a família receba uma ajuda para construir uma nova moradia. Antes disso, porém, será preciso levantar novamente o muro de contenção que ficava atrás da casa e restabelecer a rede de esgoto da área, o que está sendo planejado, segundo o engenheiro civil do órgão Renato Pagani.
(ND, 16/03/2011)