Tarifa de ônibus sobe até maio em Florianópolis

Preço da passagem poderá chegar a R$ 2,53 no cartão e R$ 3,14 para quem pagar em dinheiro
Nos próximo meses, o usuário do transporte coletivo em Florianópolis terá de pagar mais caro pela passagem de ônibus. O valor da tarifa pode chegar a R$ 2,53 para quem usa cartão e R$ 3,14 para quem paga com dinheiro. A decisão será tomada pelo prefeito Dário Berger entre os meses de abril e maio.

Por enquanto, não se sabe o valor exato do aumento na tarifa. Mas o reajuste não poderá passar do Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC), de 6,53%. De acordo com o secretário de Transportes do município, João Batista Nunes, 85% dos usuários em Florianópolis pagam a passagem com o cartão. Ele acredita que dificilmente o valor pago em dinheiro ultrapasse R$ 3.

Nunes argumenta que o sistema de transporte da cidade opera com o déficit de R$ 0,28 por passagem. O custo de todo o sistema, que agrega as passagens em dinheiro, cartão e tarifa social, fica na média de R$ 2,78 – valor acima dos R$ 2,38 pagos pela maioria dos usuários no transporte. Essas informações serão repassadas ao prefeito, que decidirá qual o novo valor a ser cobrado no transporte coletivo ainda neste semestre.

Segundo ele, além da carga tributária, os engarrafamentos contribuem para o encarecimento do serviço:

– Estamos condicionados aos gargalos por causa da geografia da Ilha, que interfere no custo do sistema. Somos obrigados a repor os ônibus que estão presos em filas e a pagar mais horas extras aos funcionários. Também não podemos comparar Florianópolis com outras cidades, já que nosso perímetro urbano tem percursos de até 50 quilômetros, e não de 15, como em outras capitais.

Na terça-feira, o prefeito e o secretário se reuniram para elaborar um estudo sobre a integração entre as tarifas de ônibus da Capital e do intermunicipal da Grande Florianópolis.

Hoje, militantes do Passe Livre se reúnem no Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina, às 18h, para organizar futuras mobilizações contra o aumento da tarifa.

(VANESSA CAMPOS, DC, 17/02/2011)