Obra lançada pelo pesquisador Keler Lucas registra a beleza dos monumentos rupestres de Santa Catarina
Às vezes, é preciso paciência para perceber que os desenhos curiosos que são formados nas pedras de costões e desenhados em curiosas linhas são mais do que coincidência – foram realmente concebidos e executados há milhares de anos em vários locais de nosso Estado. A arte rupestre, mesmo pouco estudada e valorizada, é um tesouro de Santa Catarina.
A falta de atenção que tais descobertas recebem é perceptível quando se acompanha a saga da mais significativa publicação local sobre o tema: Monumentos Rupestres em Santa Catarina, de Keler Lucas. O livro já estava pronto há mais de três anos, mas o pesquisador não conseguiu o apoio necessário para publicação.
– Não dava para esperar mais, então eu mesmo decidi arcar com os custos e publicar o livro – explica.
Lucas é pesquisador há três décadas, e já tem no currículo outras duas obras sobre o assunto: Arte Rupestre em Florianópolis (1994, que deve ser lançada em breve de maneira atualizada) e Arte Rupestre em Santa Catarina (1996).
Monumentos Rupestres é um estudo acessível e bem fundamentado sobre desenhos e estruturas de pedra encontrados no litoral. Algumas de grandes dimensões, encontradas sobretudo em Florianópolis, Garopaba, Imbituba e Laguna; em cidades do sul (como Tubarão, Gravatal, Urubici, Rio Rufino e Bom Retiro); e na divisa com o Rio Grande do Sul.
Com primeira edição de 3 mil exemplares, o livro de Keler Lucas já pode ser encontrado na Capital, na loja do Costão do Santinho – o resort conserva exemplares de arte rupestre –, e a partir da semana que vem também poderá ser adquirido pelo site www.kelerlucas.com.br.
Oportunidade única para conhecer centenas de belas, intrigantes imagens, e com informação que descortina parte do mistério que cerca o povoamento anterior do local que hoje é Santa Catarina.
Monumentos Rupestres em Santa Catarina, de Keler Lucas. Edição do autor. 112 págs. R$ 70 em média
(RENÊ MÜLLER, DC, 03/02/2011)
Astronomia antiga
Como o pesquisador Keler Lucas deixa claro no livro Monumentos Rupestres de Santa Catarina, não é apenas a manifestação artística dos povos antigos que povoavam o Estado.
Com o tempo, Keler percebeu que rochas localizadas nas proximidades de sítios arqueológicos não apenas tinham apenas formas curiosas e posição estratégica, mas também estavam alinhadas com outras rochas no horizonte.
Há similaridade com os dolmens e menires existentes na Europa. Parte delas estavam direcionadas para solstícios e equinócios – certos locais formam verdadeiros observatórios astronômicos.
Todas estas particularidades foram analisadas cientificamente pelo astrônomo Germano Afonso, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Por meio de gráficos, Germano comprovou, em 2002, alinhamentos de rochas na Barra da Lagoa, Reserva da Galheta e Ponta do Gravatá, em Florianópolis; e na Ponta do Vigia, no Costão do Casqueiro e Ilhote da Barra, em Garopaba.
No último caso, antiquíssimas pedras em formas de cone, retiradas de um sambaqui no Morro do Ilhote, intrigavam os moradores. E só há alguns anos é que o mistério foi finalmente resolvido.
– A gente viu as peças e descobrimos que eram gnômons, peças que serviam como relógios na antiguidade, em que as horas eram medidas pela sombra – relata Keler.
Novas descobertas são recebidas com exaltação, mas também com alguma tristeza. Quando se formavam os núcleos de povoamento no Brasil, os símbolos rupestres (a palavra rupestre significa “inscrição em pedra”) eram identificados com tesouros escondidos.
Muitos foram irremediavelmente descaracterizados e destruídos. Antes do aporte da Igreja Católica no Brasil, os índios adoravam divindades caraterizadas na natureza. Esconderiam, pelas crendices de então, tesouros enterrados. Afirmar tal fato era, indiretamente, uma maneira de estimular a destruição daqueles símbolos pagãos, combatidos pela igreja cristã. O mesmo processo havia ocorrido antes, com os sítios rupestres da Europa.
(DC, 03/02/2011)
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