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Aterro, a vergonha do Desterro

Da coluna Ponto Final, por Carlos Damião (ND, 18/02/2011)
O que era para ser um cartão de apresentação de Florianópolis se transforma, dia a dia, num lixo urbanístico
O aterro da baía Sul, que deveria ser o cartão de apresentação da cidade, é tratado há muito tempo como lixo urbanístico, por culpa exclusiva das autoridades, não só municipais e estaduais. Agora, também as autoridades federais se empenham em piorar a situação, conforme demonstrou o Notícias do Dia na edição desta quinta-feira (17/2): automóveis apreendidos em operações policiais estão sendo depositados num terreno da União. Não bastasse isso, áreas que deveriam servir para a convivência social se transformaram em estacionamentos e, até, numa imensa estação de tratamento de esgoto, que espalha a fedentina exalada de suas entranhas por toda a região central. O pior é que ninguém toma providências e o aterro segue sendo a vergonha do Desterro, como disse o falecido vereador Valdemar da Silva Filho (Caruso), aliás, um homem público que se notabilizou por lutar contra a urbanização planejada pelo mestre Burle Marx.
Estacionamento
Ainda quanto ao aterro, um colaborador da coluna aponta o precário estado do estacionamento da Aflov nas proximidades do Mercado Público. “Está uma vergonha, com buracos, lama, atendimento péssimo… O volume financeiro gerado diariamente é considerável, será que a Prefeitura de Florianópolis não poderia investir no local?”.
Velha mobilidade

Especialista que a coluna consulta com frequência chama atenção para o que escrevemos aqui outro dia: “Mobilidade na região metropolitana não é assunto novo. Florianópolis participou na década de 1970 do Aglurb, um programa federal destinado aos chamados ‘aglomerados urbanos de médio porte’, que deveria incluir também São José, Palhoça e Biguaçu'”.
Descentralização
O Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) surgiu como exigência do próprio Aglurb. À época, o Ipuf recomendou que equipamentos – como o primeiro shopping da região, o Itaguaçu, e o Hospital Regional – fossem construídos fora de Florianópolis, caracterizando, já naquele tempo, a descentralização da Capital.
Eixos viários

Prossegue o especialista: “Daí que surgiu a estrutura viária do Continente com grandes eixos longitudinais: 1- a Via Expressa da BR-282, fazendo a ligação das pontes até a rodovia de contorno da BR-101 (que até hoje não saiu); 2- a Beira-Mar Continental e 3 – a PC-3 (Principal Continental 3) que faria a ligação das pontes até Biguaçu, passando por São José”.
Descaso
Em suma, o que o especialista aponta é o completo descaso das administrações municipais, do governo estadual e do governo federal, com o que foi planejado há 40 anos. Talvez, se as obras projetadas tivessem sido realizadas, não tivéssemos acumulado tantos problemas de mobilidade urbana.
Rita Maria

Quem trafega pela região do Terminal Rodoviário Rita Maria não deixa de manifestar uma preocupação: como a prefeitura vai administrar a encrenca de trânsito na área das obras do futuro elevado? A tendência é piorar cada dia mais, apontam leitores no twitter e também em mensagens diretas a esta coluna.

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