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Santa Catarina tem a capital com mais gente na classe C

Estudo revela que 48,5% dos moradores locais têm renda familiar entre três e 10 salários mínimos
A comemorada nova classe C, apontada por especialistas como a grande consumidora de produtos e serviços, domina a população de Florianópolis. A cidade lidera a lista das capitais do país com a maior fatia de famílias com renda entre três e 10 salários mínimos.

Segundo estudo da Data Popular, 48,5% da população de Florianópolis está na classe C. Para o sócio-diretor da empresa, Renato Meirelles, uma cidade que tem a maior parte dos habitantes na classe média só tem motivos para comemorar.

– Quanto maior a classe C, menor a desigualdade social. Além disso, as pessoas desta classe média são mais exigentes, o que é bom, porque faz com que os governantes e as empresas tenham que oferecer serviços e produtos melhores – avalia Meirelles.

O estudo da Data Popular teve como base dados do IBGE e levou quatro meses para ser finalizado. Entre todas as regiões do país, o Sul é o que tem a maior parte da população na classe C: 55,3% dos habitantes, ou 15 milhões de pessoas (veja quadro).

– Todo mundo estranha porque, normalmente, quando se fala de nova classe C, as pessoas pensam no Nordeste. Mas o Sul, que é mais rico, tem uma classe C maior – explica.

Três das cinco capitais que abrigam a maior parcela na classe C estão no Sul. Mas há diferenças importantes entre elas. De acordo com Meirelles, Florianópolis se diferencia de Porto Alegre por ter a maior parte da população trabalhadora na área de serviços, enquanto a capital gaúcha está mais ligada à indústria e ao varejo.

O que surpreende o sócio-diretor da Data Popular é o quanto as empresas de SC e do Sul, em geral, estão desperdiçando a oportunidade de focarem seus esforços para esta classe.

– Os empresários não acordaram para a realidade de que o dinheiro não está mais na elite, e sim na nova classe C – critica Meirelles.

Na opinião do especialista, os dados podem despertar um interesse maior das empresas nacionais, que estão focadas neste novo segmento, para o mercado do Sul. De acordo com o estudo da Data Popular, os gastos da população brasileira foram 4,4 vezes maiores em 2010 do que em 2002, e o maior crescimento se deu na classe C. Ela movimentou, sozinha, R$ 881 bilhões, ou 41% do total de crédito e dinheiro disponível no mercado. A classe C consumiu 8,6 vezes mais no ano passado do que em 2002, enquanto as classes A e B consumiram 3,6 vezes mais.

Movimento que continua. A tendência é que a classe C ocupe 60% da população do Sul dentro de 10 anos.

(ALESSANDRA OGEDA, DC, 21/01/2011)

Contas em dia e novas compras

O florianopolitano João Luiz Mafra, de 46 anos, faz parte da base que compõe a classe C brasileira. A família do administrador de um condomínio particular na Capital ganha pouco mais de três salários mínimos e comemora a nova boa fase.

– O ano de 2010 foi ótimo porque consegui pagar as contas, quitar o meu carro e comprar as coisas que eu queria. Me sinto seguro porque estou sempre controlando os gastos.

Ele vive com a mulher e os dois filhos, que ela teve no primeiro casamento, no Bairro Estreito. Mafra afirma que a vida dele melhorou nos últimos anos, assim como ocorreu com a maioria dos brasileiros. Ele só reclama do aumento dos alimentos, que, atualmente, consomem cerca de R$ 600 do orçamento familiar.

Trabalhador da construção civil, Balduíno Bonfim, 41, é outro exemplo de um morador de Florianópolis que faz parte da classe C. Ele comenta que sua vida melhorou muito nos últimos dois anos, quando ele conseguiu economizar mais dinheiro e comprar uma casa e um carro financiados. Natural de Urubici, Bonfim mora há 15 anos na Capital.

Treviso, no Sul do Estado, lidera ranking catarinense

Além de Florianópolis, duas outras cidades de SC se destacam na pesquisa da Data Popular: Treviso (com 55,32% da população na classe C), no Sul do Estado, e Schroeder (54,91%), no Norte, que aparecem na terceira e quinta posição entre as cidades com a maior classe C do país.

A maior cidade de SC, Joinville, tem 50,06% de sua população na classe C. Itajaí conta com 49,34% na classe média e Blumenau tem 48,95%.

(DC, 21/01/2011)

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