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Bueiros entupidos e canais obstruídos maximizam efeito da chuva

A Prefeitura de Florianópolis não dá conta de tanta limpeza e a população não contribui, jogando lixo em qualquer lugar

Bueiros entupidos e canais obstruídos são vilões em tempos de chuva. Quanto mais limpos estiverem rios, córregos e tubulações pluviais, mais facilmente a água da chuva escoará, evitando alagamentos. A prefeitura, embora mantenha serviços de desassoreamento frequentes, não dá conta de tanta limpeza e, para piorar, a população não contribui, jogando lixo em qualquer lugar.

De acordo com o diretor operacional da Secretaria de Obras da Capital, Milton Otávio da Silva, seis máquinas trabalham em pontos estratégicos para desobstruir canais a céu aberto após o temporal. “No domingo (23), tivemos que retirar dois colchões jogados em um rio próximo ao Canto do Lamin, em Canasvieiras”, conta Silva.

Segundo o diretor, no dia a dia, são cerca de 20 pessoas no Serviço de Limpeza Hidrográfica, setor vinculado ao Departamento de Limpeza Pública da Comcap (Companhia de Melhoramentos da Capital), mas coordenado pela Secretaria de Obras. “Temos um caminhão hidrojato que suga todo o mato, areia e lixo que entopem os canais”, diz Silva.

Além de coletar o lixo, a Comcap é responsável pela varrição diária das principais ruas da Capital. Segundo o gerente do Departamento de Limpeza Pública da companhia, engenheiro sanitarista Bruno Vieira Luiz, é rotineiro retirar de rios, córregos e canais, pneus velhos, restos de móveis, geladeiras. “Há alguns anos, chegamos a retirar até um carro”, lembra. Luiz ressalta que a Comcap mantém um cronograma de coleta gratuita de lixo pesado. A população pode fazer o agendamento pelo fone 0800-643-1529.

Trabalho de conscientização

Para o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, manter córregos, rios e canais limpos é fundamental em caso de enchente. “Um dos grandes problemas que a gente enfrenta é que ainda existe muito lixo. O lixo é predador, entope as bocas de lobo e a água tende a represar. Nesse sentido, a população tem que ajudar. É uma questão de consciência. Já foi pior, mas nas comunidades mais carentes ainda existe um descuidado muito grande com relação à limpeza. Isso precisa, evidentemente, de um trabalho de educação e conscientização da população”, avalia.

(Por Maiara Gonçalves, ND, 26/01/2011)

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