Futuro incerto para o Instituto Naval
18/11/2010
Movimento lojista catarinense lamenta decisão da empresa de construção naval OSX
18/11/2010

Da coluna Informe Econômico, por Estela Benetti (DC, 18/11/2010)

A decisão do grupo EBX, do bilionário Eike Batista, de abandonar o projeto de instalação de estaleiro naval OSX em Biguaçu por questões ambientais, animou ambientalistas e os que temiam possíveis impactos negativos na natureza e nas paisagens da Baía Norte da Grande Florianópolis. As pessoas a favor do projeto, que confiavam nas medidas mitigatórias e de preservação do empreendimento, lamentaram a perda econômica e social do projeto de R$ 2,5 bilhões.

O que ficou claro, mais uma vez, é o conflito que a atual legislação brasileira acaba estimulando entre os projetos de desenvolvimento e as questões ambientais. É difícil alcançar um consenso, e alguns órgãos, com poder independente, podem tomar decisões que desagradam à maioria. Quanto mais perto de áreas urbanas, maior o rigor. Por que é possível fazer usinas hidrelétricas em plena selva amazônica e não pode um projeto em área já explorada? E por que não pode no Brasil se, em outros países, inclusive desenvolvidos, fazem? Na Coreia do Sul, por exemplo, onde atua a Hyundai, parceira da OSX, há o estaleiro que emprega 42 mil pessoas e um shopping center à frente. Isto é uma prova de que o Brasil pode avançar em investimentos com foco no social, desde que faça as compensações ambientais necessárias.

Mais rigor

Enquanto barram investimentos, os órgãos ambientais brasileiros não cobram, com o mesmo rigor, o controle de construções em áreas de preservação e a emissão de poluentes em rios e mares, entre outros danos ecológicos. As principais causas de mortes de peixes e golfinhos são os esgotos domésticos e empresariais, que reduzem a quantidade de oxigênio nas águas. As baías da Grande Florianópolis e muitos rios do Estado sofrem com esses problemas, que precisam ser corrigidos.

Empregos

O foco aos mais de 5 mil empregos do projeto do Estaleiro foi criticado por ambientalistas, que defendem a expansão das vagas no turismo e maricultura. Mas enquanto boa parte dos empregos no turismo na região é temporária, as vagas industriais são para o ano inteiro, oferecem salários maiores e mais benefícios.

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