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Estaleiro OSX: Comunidade fará uma “barqueata”

O parecer do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Brasília só deve sair no dia 12. Mas a polêmica sobre a instalação do estaleiro do grupo OSX em Biguaçu volta à tona, amanhã, em Florianópolis.

Pescadores, maricultores e moradores das praias do Norte da Ilha promovem uma “barqueata”, às 10h, no Trapiche da Beiramar Norte, contra o local escolhido para o empreendimento, na Baía de São Miguel, próximo a três unidades de conservação.

O advogado do Conselho Comunitário do Pontal de Jurerê, João Manoel do Nascimento, diz que a manifestação conta com o apoio das associações de moradores da Daniela, Jurerê Internacional, Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa. A Associação dos Proprietários de Escunas também promete levar ao trapiche pelo menos duas escunas.

– Não podemos cruzar os braços e esperar que as autoridades façam alguma coisa. Ainda mais que a decisão caminha para ser política. Além da manifestação, teremos uma comissão para ir até Brasília conversar com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e com o presidente do ICMBio nacional – afirma.

O presidente da Associação dos Pescadores da Caieira do Norte (Governador Celso Ramos), Ari Abílio Silva, diz que dois barcos da região estarão na mobilização, e que outros pescadores das comunidades de Fazenda da Armação e São Miguel devem participar. O presidente da Associação do Bairro Sambaqui, Rodrigues Viana, explica que na última reunião dos moradores, com cerca de 80 pessoas, foi decidido, por unanimidade, que o bairro se posicionaria contra o estaleiro OSX em Biguaçu.

O presidente da Associação dos Moradores de Jurerê Internacional, Jayme Milnitsky, diz que a população local defende a qualidade de vida.

O presidente do ICMBio, Rômulo Mello, prefere não antecipar qualquer decisão sobre o parecer do órgão ambiental. Segundo ele, o estudo está em fase de conclusão e deve encerrar os trabalhos dia 12 de novembro.

– Estamos dentro do prazo e vamos nos manifestar até a próxima sexta-feira – afirma.

(Por SIMONE KAFRUNI, DC, 05/11/2010)

BURBURINHO
Da coluna Informe Econômico, por Estela Benetti (DC, 05/11/2010)

Apesar do crescente o burburinho de que o estaleiro da OSX não vem mais para Biguaçu, a assessoria de comunicação do grupo EBX garante: a decisão só sai em dezembro. Até lá, é esperado a manifestação definitiva do Icmbio sobre a licença ambiental, previsto para meados deste mês.

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1 Comentário

  1. Iohannis disse:

    Este “Mega-Estaleiro” é uma mentira.
    Primeiro, não gerará tantos empregos, porque para qualificar a mão-de-obra local levará pelo menos 2 anos.
    Segundo, fazer um empreendimento como este ao lado de 3 unidades de conservação é impossível sem degradação profunda do meio ambiente.
    Terceiro, chantagear a sociedade local dizendo que vai desistir do projeto para o RJ é abusar da ignorância das pessoas e imaginar que elas não possam ler notícias na EXAME ou Valor Econômico que revelam a intenção do Grupo Econômico de construir 3 (TRÊS) grande estaleiros no Brasil.
    Quarto, este empreendimento não se adequa às vocações econômicas históricas da região (que não é nem industrial e não é portuária).
    Quinto, vai existir uma total desfiguração nas comunidades açorianas vizinhas.
    Sexto, as baías de Florianópolis produzem boa parte das ostras consumidas no Brasil e exportadas. Somente a maricultura gera mais empregos do que este empreendimento.
    Sétimo, licenciar uma obra como esta em plena campanha política é coisa de bandido.
    Oitavo, o EIA/RIMA é tão fraco que afirma existir duas espéies de água doce em pela Baía Norte.
    Nono, fazer uma obra como esta com 90% de dinheiro público (BNDES) não qualifica o empreendedor como “benfeitor”.
    Décimo, o que defendem estes manifestantes é exatamente o que argumenta os Ministérios Públicos Federal e Estadual.
    Que Florianópolis queremos? Uma cidade que existem praias boas para banho apenas no lado Leste da Ilha? Vocês imaginam que projetos de Quinta dos Ganchos vão ser realizados com esta Mega-indústria na vizinhança?

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