CIC: a arte do descaso

Da coluna Contracapa, por Marcos Espíndola (DC, 01/10/2010)

O que você está vendo é um retrato da atual situação em que se encontra o Teatro Ademir Rosa, um dos principais espaços (se não o principal) do Centro Integrado de Cultura (CIC) na Capital. As reformas no complexo, que já se arrastam há um ano e meio e consumiram mais de R$ 8 milhões dos cofres públicos, acabaram por transformar o teatro em um depósito. Preste atenção nas pilhas de quadros e telas dividindo o local com todo tipo de quinquilharias, quando sempre se imaginou que estariam devidamente guardadas em um “cofre” ou ambiente climatizado. Essa é a atenção que o Estado (leia-se Fundação Catarinense de Cultura e Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes) dispensa ao patrimônio dos artistas e cidadãos catarinenses? No blog ContraVersão há um vídeo, que dá uma dimensão mais ampla desse “estrago”.

O flagrante foi feito há duas semanas e sintetiza o que é este fim de “mandato” na gestão da cultura: infame e indigno.