Duplicação da SC-401

Editorial do Diário Catarinense (14/09/2020)
O processo de licitação para a duplicação do trecho de 6,5 quilômetros entre o trevo de Jurerê e Canasvieiras da rodovia SC-401, na Ilha de Santa Catarina última etapa de uma obra que se arrasta desde 1995 , previsto para ser lançado neste mês, sofrerá atraso de, pelo menos, 60 dias. A SC-401 que este ano já registrou 29 mortes em seu leito é uma estrada de importância maiúscula para toda a região. Trata-se da principal via de acesso ao Norte da Ilha, área densamente povoada, e onde estão os balneários mais procurados pelos visitantes. Os congestionamentos e filas que nela se formam, e que, durante a temporada de verão, atingem um ponto limite, sublinham a urgência de acelerar as providências para dar início à duplicação do trecho entre as duas praias. Sua conclusão, agora, não acontecerá antes do segundo semestre de 2012. Deve-se o novo atraso a outra trapalhada burocrática, doença crônica que, nesses anos recentes, tem acometido a maioria das obras de infraestrutura no país, sejam federais, estaduais ou municipais.
Oportuno lembrar que não é apenas a falta de mobilidade no trânsito que atormenta os moradores e turistas que demandam àquelas praias e seu entorno. Outros problemas, até maiores, que chegam ao ápice durante a temporada de verão, castigam os turistas e moradores com igual impiedade. Entre eles, a precariedade nos serviços de abastecimento de água e de energia elétrica em função da demanda multiplicada no verão, para citar apenas dois.
Mais uma temporada bate à porta. As previsões indicam uma excelente “safra” para a atividade turística. E, até agora, não sabemos ao certo o que está sendo feito pelos poderes públicos para evitar a repetição ou para minimizar essas e outras agruras. O velho chavão não perde a verdade: “Onde não há qualidade de vida para a população,não há turismo de qualidade .”