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Desterro narrada quadro a quadro

Obra de Gilberto Gerlach, com 663 páginas e 450 imagens, reproduz a história da Capital entre o século 16 e o 19

Lidar com fatos históricos e remontar a história de uma cidade não é tarefa fácil. E realmente não foi para Gilberto Gerlach que lança hoje, na Capital, o livro Desterro – Ilha de Santa Catarina, após quatro décadas de pesquisas. O lançamento será no Palácio Cruz e Sousa, no Centro, às 19h, em evento fechado para convidados que receberão o livro gratuitamente.

Gerlach já havia feito algo parecido com o município de São José, na Grande Florianópolis, onde ele nasceu em 1943. O livro São José da Terra Firme, lançado em 2007, resgata 200 anos da história do município.

Agora com Desterro – Ilha de Santa Catarina, Gilberto procura contar a história da Ilha quando esta ainda não se chamava Florianópolis, em um período que vai desde o século 16 até o final do século 19. Lançado em dois tomos, o livro, de quase 700 páginas, traz cerca de 450 ilustrações, entre desenhos, pinturas, reproduções de jornais e fotografias.

– É uma montagem iconográfica do material que recolhi nestes 40 anos, de colecionadores e bibliotecas do Estado, de São Paulo, Rio de Janeiro e da Europa. Fiz uma seleção do material que achava mais importante. Achei que nossa cidade merecia algo especial – comenta Gerlach.

Ricamente ilustrado, Desterro – Ilha de Santa Catarina traz um design e uma formatação de qualidade, mesclando textos e imagens de forma a dar uma leveza à leitura. Ao decorrer das páginas, imagens de pássaros, flores e figuras importantes da época remontam um mapa histórico a fim de entender Desterro.

– Li os jornais da cidade desta época, de 1853 a 1894, como O Chaveco e O Argos, onde encontrei matérias que eu podia imaginar graficamente para o livro. Foi um trabalho de paciência onde contei com a ajuda do designer Renato Rizzaro na montagem – ressalta Gilberto.

Com apoio do governo e investimentos do próprio Gerlach, o livro conta com imagens inéditas. Muitas levaram meses para serem encontradas e reproduzidas, como a capa do Tomo 1, que estava em Portugal desde que Dom Pedro II levou-a consigo do Brasil em 1889, quando foi deposto com a proclamação da República do Brasil.

Os livros serão entregues hoje para os convidados que vão ao evento e cerca de cem cópias serão distribuídas a bibliotecas do Estado e outras 150 estarão à venda na Pinacoteca de São Paulo, onde Gilberto também fará o lançamento.

Formado em Engenharia Civil e membro da Academia São José de Letras, Gerlach é amante de cinema – fundou o Cineclube Nossa Senhora do Desterro –, e ressalta que vai contar um pouco da chegada do cinema na Ilha, já no começo do século 20, em seu próximo livro, intitulado Ilha de Santa Catarina – Florianópolis, que vai resgatar os 30 primeiros anos da cidade, desde 1894 quando a cidade deixou de ser Desterro.

(Por FELIPE ALVES, DC, 03/09/2010)

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