Saneamento
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Artigo escrito por Zena Becker, presidente da Associação FloripAmanhã

O saneamento básico é essencial para a vida nas cidades. Impraticável pensar em uma sociedade desenvolvida sem serviços de saneamento básico para toda a população. Nesse caso, ter parte dos moradores de uma cidade desassistida por esses serviços é demonstração de falta de visão estratégica e do conhecimento de sua importância para a qualidade de vida dos moradores.

Os governantes, geralmente, não valorizam esses serviços como deveriam, já que as instalações do saneamento básico não são visíveis pelas pessoas no seu dia-a-dia. Como há um grande interesse por obras de impacto eleitoreiro, administradores públicos esquecem-se de que a ausência desses serviços acarreta vários tipos de problemas para a população.

Um dos maiores problemas causados pela falta de saneamento básico é o de saúde pública. A falta desses serviços, principalmente em regiões carentes, é a causa de inúmeras doenças, como a cólera, leptospirose, meningite, diarréia, pólio e febre tifóide. São algumas dezenas de doenças causadas pela falta de saneamento básico que destroem a saúde das pessoas e, conseqüentemente, suas famílias, causando grandes prejuízos para toda a sociedade.

A falta de saneamento básico adequado afeta os alicerces para o desenvolvimento de uma sociedade e, na capital dos catarinenses, afeta diretamente uma das principais atividades econômicas, o turismo. Durante a última temporada de verão, 60% dos locais analisados pela Fatma para a elaboração do relatório de balneabilidade estiveram impróprios pelo menos uma vez entre dezembro e março. Em 23 de dezembro de 2009, 22% dos pontos analisados nas praias de Florianópolis foram considerados impróprios para o banho. Este percentual aumentou para 41% no dia cinco de janeiro e chegou a 44% do total em março, logo após o pico no fluxo de turistas.

Apesar destes dados alarmantes, surge uma esperança com o Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMISB), cujo objetivo é orientar as ações da cidade para os próximos 18 anos sobre resíduos sólidos, esgoto, abastecimento de água e drenagem urbana, com o intuito de levar o saneamento a todos moradores do município.

Para o município poder receber recursos federais de acordo com a Lei Federal 11.445/2007, o projeto do PMISB – feita pela empresa MPB e por técnicos do IPUF e da FLORAM e analisado pelo Conselho Municipal de Saneamento – precisa passar por sete audiências públicas e ser aprovado pela Câmara de Vereadores até o final do ano.

A ideia é avaliar todas as sugestões – destas entidades e da população – e aperfeiçoá-lo. No site da prefeitura a população pode dar sua sugestão.

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