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Hoje, será a vez de Biguaçu entrar no debate. E, amanhã, de Florianópolis

Cerca de 600 pessoas participaram ontem da primeira audiência pública sobre o estaleiro OSX, projeto do bilionário Eike Batista. O encontro foi realizado em Governador Celso Ramos. Hoje a audiência será em Biguaçu e, amanhã, na Capital.

O encontro marcado para iniciar às 19h teve um atraso de 15 minutos. Ônibus no estacionamento indicavam a presença de pessoas de outras localidades.

O diretor de sustentabilidade do Grupo EBX, Paulo Monteiro, abriu o debate. Por meio de um telão, mostrou um resumo do empreendimento, com segundo ele movimentará 16 mil trabalhadores na região, entre empregos diretos e indiretos.

Depois da fala do diretor, houve um problema técnico com o gerador alugado para o evento, o que interrompeu a audiência por 15 minutos. Houve inquietação entre os presentes. Às 20h, a energia foi retomada e o presidente da Fatma e coordenador da audiência, Murilo Flores, reiniciou o evento zerando o cronômetro.

A fala foi passada a João Teixeira, representante da Caruso Jr., empresa que fez o estudo de impacto ambiental (EIA-RIMA) do estaleiro. Ele detalhou os riscos levantados pelo estudo, do qual participou 29 empresas e 98 profissionais. Disse que Biguaçu foi escolhida pelas facilidades logísticas, pela mão de obra disponível e pela proximidade aos centros de estudo.

Além de questões relativas ao meio ambiente, Teixeira disse que o estudo considerou o meio socioeconômico, ou seja, os municípios que serão afetados pelo estaleiro. O empreendimento aguarda a licença ambiental para confirmar o início das obras.

Um dos pontos questionados é o impacto do projeto nos golfinhos que habitam a Baía Norte. Ontem, o biólogo Marcos Da-Ré apresentou o estudo da Fundação Certi que indica soluções para “quase todos” os possíveis impactos do estaleiro. A audiência, que previa questionamentos da da comunidade, não havia terminado até o fechamento desta edição.

(DC, 21/07/2010)

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