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Transporte coletivo: Vem mais aumento por aí

Passagem das cinco empresas que operam os ônibus intermunicipais da Grande Florianópolis deve ter reajuste de até 9,09%

Depois do usuário do transporte coletivo de Florianópolis meter a mão no bolso, agora é a vez de quem usa ônibus na Grande Florianópolis também se preparar para bancar o aumento de tarifas. O pedido ao Departamento de Transportes e Terminais do Estado de Santa Catarina (Deter) foi encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Santa Catarina (Setpesc). O índice de aumento solicitado é de 9,09%.

São cinco as empresas que operam nas linhas entre Florianópolis e cidades como São José, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz, Paulo Lopes Palhoça. Técnicos do Deter fazem análise do índice solicitado e das despesas das empresas para decidir se concordam ou não com o pedido:

– Normalmente, o valor concedido fica dentro dos índices de inflação, o que seria de cerca de 5% no período. Mas, neste ano é preciso considerar que os empregados do transporte coletivo de Florianópolis, que serve como base, tiveram 2% a mais de aumento – observa Altamir Paes, presidente do Deter.

O preço de uma passagem de ônibus entre a Capital e Paulo Lopes, a mais distante entre as linhas em que está sendo solicitado aumento, é de R$ 9,40. Os demais itinerários variam entre R$ 2,15 (São José) e R$ 4,35 (Santo Amaro da Imperatriz).

– Moro em Palhoça e trabalho em uma empresa terceirizada de serviços gerais, em Florianópolis. O desconto do nosso vale-transporte é maior do que minhas colegas. Vai chegar a hora que ninguém vai querer nos empregar – reclama Juliana Aparecida Carvalho, que usa a linha Madri.

A notícia do aumento que se aproxima agita os usuários.

– Todo mundo tem que ganhar, mas acho errado que sempre somos nós que pagamos a conta do aumento dos motoristas e cobradores – compra Marise Martell, que usa a linha Formiga, para Palhoça.

Os salários dos motoristas e cobradores que operam nestas linhas foram corrigidos em 1º de maio de 2009, tomando por base os salários de 1º de maio de 2008 com aplicação total do índice de 7%, o qual compreendeu a reposição salarial dos últimos 12 meses, acrescida de aumento real de 1,17%.

Até agora o Deter não recebeu pedidos de reajuste de tarifas para outras linhas que operam no Estado.

(DC, 12/05/2010)

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