Operação Cambirela: Empresário é solto

Terminaram ontem os depoimentos sobre denúncia de fraudes em Palhoça

A Justiça de Palhoça revogou ontem a prisão preventiva de um dos oito presos na Operação Cambirela, desencadeada na segunda-feira por suspeitas de facilitação em licenças ambientais. O empresário que não teve o nome divulgado foi solto, à tarde, na Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis. Há possibilidade de os outros sete presos ganharem a liberdade hoje.

Os responsáveis pela investigação avaliaram que não haveria mais razões para mantê-los presos preventivamente. Isso porque os depoimentos foram encerrados e com a colaboração de alguns deles sobre as suspeitas. O último a ser interrogado foi o gerente de licenciamento da Fundação Cambirela do Meio Ambiente de Palhoça, James Jones Silvestre, suspeito de cobrar dinheiro para facilitar e agilizar a aprovação dos licenciamentos ambientais.

O seu advogado, Leonardo Ávila, disse que as conversas gravadas em que James apareceria fazendo cobranças a empresários seriam referentes a trabalhos prestados por ele antes de assumir o cargo na Fundação Cambirela.

Os defensores afirmam que não há provas contra os seus clientes. Dos oito presos, sete são empresários da construção civil.

O promotor do Ministério Público de Santa Catarina, Alexandre Graziotin, que comandou a investigação, não quis fazer comentários sobre as declarações dos defensores em relação às provas. Graziotin informou que a fase agora será de análise dos documentos apreendidos. O MP também verificará se houve ou não crimes ambientais e se as licenças emitidas com a suposta facilitação são ou não irregulares.

(Por Diogo Vargas, DC, 12/05/2010)