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Entidades articulam criação de corredor ecológico na Ilha

Na segunda-feira (31/05), às 9 horas, no Sapiens Parque, será realizado o workshop sobre o Corredor Ecológico Norte da Ilha, ao longo do Rio Papaquara e morros próximos, nas localidades de Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus. A coordenação do projeto – financiado pelo Fapesc e Fapeu - convocou entidades da cidade, principalmente da região Norte, para aderir à iniciativa. A FloripAmanhã vai participar através do seu vice-presidente, Otávio Ferrari Filho, também diretor da Câmara de Meio Ambiente. O objetivo desta etapa é decidir os critérios para a definição do Corredor. Leia mais.

Na segunda-feira (31/05), às 9 horas, no Sapiens Parque, será realizado o workshop sobre o Corredor Ecológico Norte da Ilha, ao longo do Rio Papaquara e morros próximos, nas localidades de Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus. A coordenação do projeto – financiado pelo Fapesc e Fapeu – convocou entidades da cidade, principalmente da região Norte, para aderir à iniciativa. A FloripAmanhã vai participar através do seu vice-presidente, Otávio Ferrari Filho, também diretor da Câmara de Meio Ambiente.

Em abril, um dos responsáveis pelo projeto do Corredor Ecológico do Norte da Ilha, Rafael Kamke, esteve na FloripAmanhã apresentando o trabalho. O objetivo desta etapa é decidir os critérios para a definição do Corredor. Outras organizações não-governamentais também foram consultadas, como a Cooperativa Mãos Na Mata e o Instituto Carijós.

O Rio Papaquara

O projeto do Corredor Ecológico do Norte da Ilha prevê a proteção de uma área ao longo das margens do Rio Papaquara. É um esforço para aumentar a área verde na região e salvar este rio, seriamente afetado pelo despejo de esgoto, conforme uma pesquisa sobre a qualidade da água na bacia hidrográfica do rio desenvolvida durante nove meses por professores e alunos dos cursos técnicos em Meio Ambiente e Saneamento do Campus Florianópolis do IF-SC. De sete pontos do rio analisados, apenas na nascente a água apresentou condições normais, sem a influência do homem.

A pesquisa foi desenvolvida por meio de um acordo de cooperação técnico entre o IF-SC e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em seis pontos analisados 11 vezes durante o inverno, primavera e verão do ano passado, foram registradas quantidades acima do aceitável de fosfato, nitrogênio e coliformes fecais, o que indica lançamento de esgoto na água do Rio Papaquara. O resultado da poluição é o surgimento excessivo de algas e a proliferação de bactérias que consomem o oxigênio diluído na água, causando morte de outras espécies e conseqüentemente, redução da biodiversidade. Além disso, a alta concentração de coliformes fecais representa risco à saúde das comunidades que vivem no entorno do rio.

Veja fotos do Rio Papaquara e leia mais sobre a pesquisa no blog “Antes que a natureza morra“, do engenheiro agronômo James Pizarro, morador de Canasvieiras.

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1 Comentário

  1. Maria Aparecida Nery disse:

    Para começar: por que não tiram logo a ocupação clandestina de catadores que transformou a margem do rio em um lixão a céu aberto? Para isso não precisa estudo nem corredor ecológico. E quanto à continuidade da ocupação pela abertura de servidões clandestinas: uma delas é a que leva até caminhão carregado de imundície até a beira do rio. É só o ICMBio fazer cumprir a lei e as ONGs apoiarem a medida com a mesma energia com que tentam barrar ações desenvolvimentistas na Ilha. O resto é balela de criação de “reservas ambientais” que só servem como desculpa para “arrecadar” dinheiro para sustentar entidades “sem fins lucrativos”. Se as ONGs cumprissem a função que se outorgam, a Ilha não estaria neste lamentável estado de degradação sócioambiental. É ONG demais para meio ambiente preservado de menos!

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