Pedra e água. Este é o caminho encontrado pelas equipes das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) para fechar o anel do sistema elétrico da Ilha. Pela frente, às vezes rochas que forçam desvios. Outra vezes é a presença do lençol d’água, o freático, que obriga horas de sucção do que emerge das nascentes.
O circuito é considerado essencial para o abastecimento de Florianópolis e torna, segundo a Celesc, nulo o risco de apagões, como o de 2003, que deixou os moradores da Ilha 55 horas sem energia. A previsão é de que os 35% de obra que faltam estejam concluídos em setembro.
O anel inclui as duas subestações, a da Trindade, que funciona desde 1980, da Agronômica, ao lado da casa do governador que está com 85% da obra pronta, e melhorias da Subestação Ilha Centro. O papel de uma subestação é transformar a tensão elétrica e redistribuí-la. Para estender os 10,7 quilômetros das linhas subterrâneas, parte dos trabalhos para conectar a nova Subestação da Agronômica às subestações Trindade e Ilha Centro, foi preciso enfrentar as surpresas do solo. Uma das linhas tem 4,5 quilômetros e conecta a nova a Subestação da Agronômica à Subestação Ilha Centro, junto à cabeceira da Ponte Hercílio Luz. A segunda, com cerca de 6,5 quilômetros, faz o elo até a Subestação Trindade, no Córrego Grande.
O cabo subterrâneo que partiu da Subestação da Trindade, rasgando o chão em direção à Subestação da Agronômica, chegou à Avenida Beira-Mar Norte. Seguiu pelo caminho dos dutos, a 1,65 metro de profundidade. Para esse trabalho, as equipes contaram com o MND (sigla para material não destrutivo), equipamento que opera sem mexer no asfalto.
A máquina “abre caminho” para os cabos (fibra ótica) que ligam as subestações. Não fosse isso, diz o engenheiro Jairo Búrigo, chefe da Divisão de Subestações, os transtornos à população teriam sido bem maiores, inclusive com o fechamento do trânsito.
A tecnologia mudou nos últimos 30 anos. O que passava por cima das cabeças das pessoas, hoje está sob os pés, em forma de rede de distribuição subterrânea. A cada 700 metros são feitas as emendas, com uma técnica de soldagem que garante segurança ao sistema e à população.
Mais modernidade e proteção à natureza
Uma subestação construída no molde convencional, como a da Trindade, é aberta, está inserida no meio urbano e produz ruído. A da Agronômica fica protegida em um imóvel blindado para efeitos do clima, ocupa uma área menor e reduz os ruídos por causa do tratamento acústico das paredes. A questão ambiental também é diferente. Enquanto a primeira depende de óleo mineral, a outra usa óleo biodegradável, com menos riscos à natureza.
A Subestação Agronômica é a mais moderna do Estado e possui dois transformadores que dobram a quantidade de energia disponível para atendimento do Centro da cidade. A nova subestação faz parte de um investimento de R$ 72 milhões, que inclui a modernização da Ilha-Centro, as duas linhas de transmissão e as redes subterrâneas.
O anel
– A ligação entre as três subestações de Florianópolis (Agronômica, Trindade e Ilha Centro) permite fechar, em forma de anel, a rede de abastecimento de energia que atende a Ilha de SC.
– Atualmente, a área central é abastecida pela unidade Ilha-Centro, que recebe energia da subestação do sistema Eletrosul em Palhoça. A energia é transportada por uma linha de transmissão que percorre a BR-101, a Via Expressa, e atravessa a Ponte Colombo Salles até chegar à Ilha.
– Com a conclusão das obras do anel, haverá uma interligação da Subestação Ilha Centro com a da Trindade – essa última recebe energia de Palhoça por uma segunda linha de transmissão. A da Trindade também é abastecida pela subestação Desterro (Eletrosul), localizada no Sul da Ilha. Ela é conectada ao sistema por um cabo submarino.
– Com as subestações Trindade e Ilha-Centro interligadas, a energia passa a ter dois caminhos para chegar ao Centro da cidade: um pela Ponte Colombo Salles, outro pelo Sul da Ilha. Se houver qualquer problema com uma dessas linhas de transmissão, o atendimento é garantido por meio da segunda opção.
Fonte: Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc)
(Por Ângela Bastos, DC, 27/04/2010)
Saem postes, entram dutos
Cerca de 70% dos problemas na rede de distribuição de energia elétrica são causados por fatores não técnicos, como queda de placas publicitárias, galhos de árvores e batidas de carros. Com o crescimento das cidades, as dificuldades para a chegada das equipes e dos veículos são cada vez maiores para o pronto restabelecimento. Por isso, estatais como a Celesc planejam que as ligações aéreas cedam espaço às subterrâneas. Saem os postes, entram os dutos.
A busca de um financiamento para acelerar esta realidade reuniu recentemente em Brasília, representantes de estatais como Celesc, em SC, e de outros estados como Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.
– No setor elétrico, existe financiamento para linhas de transmissão e de produção. Porém, não para a distribuição. Não adianta gerar energia se existem dificuldades para distribuir – sugere o diretor-técnico da Celesc, Eduardo Carvalho Sitonio.
O projeto total para as seis estatais é de R$ 3,6 bilhões. Com o investimento, o sistema poderá se tornar mais inteligente, o que ocorreria com a aplicação de métodos modernos automatizados. A proposta é de que o financiamento seja a fundo perdido ou a longo prazo.
– Isso evitará que os custos tenham que ser repassados para a fatura do consumidor – avalia Sitonio.
O diretor-técnico diz que os estados do sul estão cada vez mais enfrentando dificuldades em função do clima. Por isso, considera importante um programa de distribuição, alterando o modelo atual para oferecer melhorias e confiabilidade do sistema.
(DC, 27/04/2010)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |