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UFSC vai disputar campeonato mundial de barcos movidos à luz solar

Um projeto ousado repercutindo na mídia nacional e internacional. Trata-se da construção de barcos movidos exclusivamente por motores à base de energia solar, produzidos pelo Laboratório de Energia Solar (Labsolar). Apesar de estar vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, há integrantes de outros cursos, como graduandos da Engenharia de Produção e de Engenharia Civil.

Um grupo de alunos de diversos cursos da universidade se reuniu para desenvolver uma embarcação para competir no Primeiro Desafio Solar Brasil 2009, um rali de barcos movidos a energia solar que foram especificamente projetados para esse evento. A competição, organizada pelo Polo Náutico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), visava estimular o desenvolvimento de fontes limpas de energia alternativas. Foram oito etapas de prova em 200 quilômetros de percurso total em oito dias. A orientação e coordenação foi do professor do departamento de Engenharia Mecânica Orestes Estevan Alarcon.

O modelo do barco desenvolvido é do tipo catamarã, composto por dois cascos de fibra de vidro unidos por uma estrutura tubular de aço inox com travessas de fibra de carbono. Foram quatro meses projetando a embarcação, que tem velocidade máxima de 20 km/h, como a de um barco de passeio. Com 6m de comprimento por 2,40m de largura, o veículo é movido a energia elétrica proveniente dos módulos solares, que são placas fotovoltaicas que convertem energia solar em energia elétrica. O nome da embarcação não poderia ser mais sugestivo: Vento Sul.

Os conhecimentos exigidos para operar uma embarcação dessas envolvem noções náuticas avançadas. Esse foi um complicador, já que não existe graduação em Engenharia Naval na UFSC. Mas por meio da telemetria – uma técnica de obtenção, processamento e transmissão de dados à distância –, a tripulação era informada sobre o instante exato de acelerar e reduzir. “Vento Sul” completou o circuito no tempo de 22 horas, 31 minutos e 49 segundos, quarenta minutos à frente do segundo colocado.

Agora, graças à vitória no Desafio Solar Brasil, a UFSC vai disputar o Frisian Solar Challenge 2010, o campeonato mundial de barcos movidos à luz solar, que será realizado na Holanda.

Apesar da visibilidade na imprensa nacional e internacional, o maior problema enfrentado pelos estudantes é a falta de patrocínio. O retorno a qualquer empresa é a vinculação da marca a um projeto que evoca sustentabilidade e desenvolvimento de tecnologia. Para a competição na Europa, um novo barco está sendo projetado. Será um monocasco, fabricado em fibra de carbono, com os equipamentos elétricos e eletrônicos mais eficientes do mercado. A Eletrosul já é uma das patrocinadoras.

Embora o Brasil esteja em posição privilegiada no cenário de produção de energia elétrica, ainda continua muito dependente dos combustíveis fósseis, sobretudo no setor de transportes. Para estimular alternativas não poluentes, o projeto “Vento Sul” mostra a viabilidade de tecnologias disponíveis no mercado que causam pouco impacto ambiental. O barco solar, por exemplo, é uma das opções contra veículos movidos a óleo diesel, que poluem as águas e danificam o ecossistema.

O Laboratório desenvolve projetos que estimulam a utilização de energia solar nas mais diversas áreas de atuação. Além do barco, outros projetos são: o carro elétrico, que substitui as tobatas poluentes como transporte interno da universidade e a motoelétrica, alimentada por baterias carregadas por energia solar. Tendo como premissa a produção de energia com menores danos ao meio ambiente.

Mais informações: (48) 3721-9379, ramal 220

(Por Pedro Santos, Agecom, 11/03/2010)

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1 Comentário

  1. walfredo disse:

    Existe um “índice” de custo benefício já previsto?
    Há, em outras palavras, um número para o custo benefício?
    Está projetado no tempo (curto , médio e longo prazo) esse custo benefício?
    Há um projeto sócio-ambiental-econômico em vista, que previna sobre os benefícios vindouros?
    Obrigado.
    Walfredo

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