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Proteção feminina

Elas ainda são minoria nas praias de Santa Catarina. Na média, existe uma guarda-vidas para cada grupo de 20 homens da mesma função. As mulheres que trocam o biquíni pela bermuda vermelha não tiram o olho da água para ajudar quem está em apuros

A matéria era sobre mulheres guarda-vidas, por isso fomos à praia decididos a não falar de Pamela Anderson. Não deu. Lá pela metade da entrevista, a soldado-bombeira Glaucia Kruger da Silva entregou: uma de suas influências para trabalhar com salvamentos marinhos foi justamente o seriado SOS Malibu, estrelado pela voluptuosa atriz norte-americana e suas corridas de maiô vermelho.

Glaucia trabalhou como guarda-vidas na Praia da Joaquina, em Florianópolis, na temporada 2004-2005. Na ocasião, era uma das poucas. Nesta temporada, só em Florianópolis são nove. Em toda a Operação Veraneio, são 60.

Para chegar ao posto, todas passaram por testes e cursos em que precisaram atingir resultados iguais aos dos homens, diz o tenente-coronel Onir Mocellin, comandante do Batalhão do Litoral Norte.

Na preparação para a temporada 1997-1998, ele observou que o número de salva-vidas, como eram chamados na época, era pequeno, e propôs que o Corpo de Bombeiros treinasse civis para serem contratados pelas prefeituras. Na primeira turma, duas se formaram.

Natália Martins trabalha como guarda-vidas há quatro anos e Juliana Mara Persike há dois.

Na última temporada, no posto do Campeche, realizaram um salvamento descrito com admiração pelos colegas homens. Durante uma ressaca do mar, um surfista começou a afogar-se quase na Ilha do Campeche, a cerca de um quilômetro. O helicóptero não estava disponível e a moto aquática estava na Praia Mole. Elas partiram para o socorro a nado.

– Começamos a trazer o rapaz para perto da praia enquanto esperávamos a moto. Quando chegou, ele já estava recebendo atendimento – conta Juliana.

Glaucia lembra de outro, em seu último dia como guarda-vidas civil (depois ela passou no concurso dos bombeiros): salvou três crianças e dois adultos:

– Foi gratificante. É para isso que a gente entra nessas profissões, né?

Sim. Antes de guarda-vidas, ela foi enfermeira, escoteira e da Cruz Vermelha. Injustiça dizer que foi só por causa da Pamela Anderson.

(DC, 07/01/2010)

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