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A mobilidade que queremos em Florianópolis

Por João Batista Nunes, Vice-prefeito e Secretário de Transportes, Mobilidade e Terminais de Florianópolis (PMF, 08/01/2010)

Hoje, milhares de municípios no mundo estão promovendo o “Dia Mundial na Cidade Sem Meu Carro”, incentivando o uso de outros meios de transporte que não seja o automóvel. Um dia que servirá para uma reflexão sobre a mobilidade urbana que queremos e como podemos imprimir ações para tornar a cidade mais humana e com melhor qualidade de vida.
Pensar mobilidade urbana significa entender a necessidade imediata de priorizar o coletivo e não o individual. Em média, os carros particulares ocupam 58% do espaço viário das cidades para levar 20% das pessoas. Já os ônibus transportam mais de 68% das pessoas, em apenas 24 % do espaço. Dados que mostram que não há como pensar uma melhor mobilidade urbana sem ações fortes que incentivem o uso do transporte coletivo.

Em Florianópolis, medidas baratas e corajosas como a implantação de corredores para ônibus (Linhas Brancas) está se mostrando eficaz, diminuindo o tempo dos percursos, principalmente nos horários de pico, e tornando o transporte coletivo mais rápido que o individual. Outra ação para incentivar o uso de ônibus será a modernização dos terminais, transformando-os em verdadeiros shoppings de serviços e comércio, que poderão também gerar recursos para serem aplicados no transporte público, tornando o sistema auto-sustentável.

Juntamente com a melhoria do transporte público é fundamental ainda humanizar nossas vias, priorizando as pessoas, buscar outros modais de mobilidade com ciclovias e ciclo-faixas, bicicletários e outros mecanismos que incentivem a troca do carro por meios não poluentes. Se quisermos uma cidade mais humana e voltada para o cidadão precisamos ter a ousadia de quebrar paradigmas e incutir novos conceitos para uma mobilidade sustentável, com foco nas pessoas e na qualidade de vida. Temos que imaginar, hoje, a mobilidade que precisamos para viabilizar a cidade que queremos amanhã.

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